24 de dezembro de 2012

And I love her.


            Dezembro aos poucos se ia, levando consigo o clima quente das férias, deixando lugar para as ocasionais chuvas que obrigavam as pessoas a refugiar-se em casa. Por sorte meu dia estava apenas acinzentado, dando-me descanso para o nada que fazia.
            Sentei-me em um dos poucos bancos que havia naquela praça e deixei que meu olhar recaísse sobre o céu e após alguns instantes de divagação, ele desceu até a fonte.
            Ainda estava cedo para que houvessem ligado às luzes que a enfeitavam, era apenas uma visão fraca do que minha memória permitia lembrar. Não pelo lugar, mas por quem estava comigo quando consigo me lembrar dela.
            — E eu a amo — completei o pensamento que o vento soprou em meus ouvidos —… E amo demais.
Para minha pequena Rosie,
Luigi “Jack” Lunewalker

Rosie


Mais uma vez eu escrevia sobre ela. Ou tentava, não estava me satisfazendo com o aquilo que minhas mãos e mente, em conjunto, produziam. Parecia-me que nada estava próximo ao que eu queria que fosse. Nada era tão bom quanto eu queria que fosse para ela. Nada era tão bom quanto Ela.
As luzes apagadas de meu quarto ajudavam em minha concentração, onde apenas a luz do computador atraia minha visão e nada mais me interrompia. Nem mesmo aquele último cigarro que, há pouco, apaguei após atrapalhar-me com ele e queimar a mão. Pensar nela… Tira o foco de todas as outras coisas em minha mente.
Como pode alguém como eu estar tão abobalhado assim? Isto é, então, o que chamam “amor”? Se for isso… Não estou reclamando, mas eu bem que poderia não me queimar mais com o fogo.
Imprimo outra página e leio-a em voz alta para testar a sonoridade das palavras… Insatisfeito, amasso-a e arremesso contra a parede. Sirvo-me de mais uma xícara de café e sento-me sobre a cama.
Fecho meus olhos e, logo, seu rosto volta a minha mente. Ou fica mais forte. Acho que já não consigo mais tira-lo da minha mente. O som da chuva batendo em minha janela me acalma e eu sinto a sonolência dominar meu corpo.
Acho que adormeci. Flashes de visão me aparecem e, inspirado, levanto-me da cama e, de um salto, volto a meu lugar em frente ao computador e digito incessantemente as palavras que as imagens que vieram a minha mente sussurraram.
Estaria ela pensando em mim agora?

Jack.

1 de dezembro de 2012

Conto — Uma ultima lição


Era uma quarta-feira à noite. A chuva do lado de fora impedia que as pessoas saíssem. Isso e a minha presença naquela festa. Afinal, não é sempre que temos um detetive prendendo pessoas em uma festa.
Os mais ingênuos devem estar se perguntando o que estive fazendo ali. Já os mais espertos notaram que a festa tornou-se cena de um crime e o culpado estava ali, contido por minha mão. Meu trabalho era de encontra-lo para que fosse julgado e levado à corte.
Bem, antes que eu discorra sobre como o encontrei — por que é obvio que o fiz, por que, de outra maneira, não estaria escrevendo sobre isto — devo apresentar-me.
John L. Walker. Detetive, canalha e amante das sinfonias de Beethoven.
Esta é a primeira vez que imito o habito do amigo de meu antigo professor, o Dr. Watson. Digo, Dr. Watson era o amigo de meu professor e não o contrario. Sim, estudei com Sherlock Holmes, que relutou arduamente a me ensinar como funcionava seu processo lógico. E no final, sua relutância não passou de um teste para ver até onde eu estaria disposto a ir.
Bem, deixando meus tempos de jovem — como se eu fosse muito mais velho agora — com meu tutor e focando-me em meu caso. Ou não.
Foi lendo um dos relatos do Dr. Watson que a necessidade em transcrever minhas ações se fez necessária. Pareceria bobagem para aqueles que não entendem da dedicação aos detalhes do Prof. Holmes, mas escrever nossos casos é a melhor maneira de consulta-los se um dia fosse necessário e a memoria não pudesse ser confiada por inteiro.
Munido de penas e papel, diverti-me escrevendo alguns casos simples que ocorreram em minha adolescência e que me fizeram escolher este caminho para trilhar durante toda a vida.
Enquanto finalizava um dos relatos, por volta do meio dia, a campainha tocou e o caseiro trouxe-me um jovem de aparência peculiar e, ao mesmo tempo, familiar.
O cabelo cortado em forma de cuia e a pouca barba que tinha eram de uma coloração acobreada e trazia consigo — por mais indevido que a etiqueta permitia — um rato em torno dos ombros largos.
— Bom dia cavalheiro — comecei — permita-me que lhe peçam um chá ou alguma outra bebida. Devo pedir algo para seu pequeno companheiro?
— Não, obrigado. Peço apenas à permissão de me aquecer um pouco a frente de sua lareira — solicitou ele
— Mas é claro que sim, senhor — indiquei-lhe a poltrona ao lado a minha onde alguns livros pesavam sobre o assento.
Não se demorou mais do que alguns segundos para que ele, energicamente, os tirasse dali e acometesse-me com mais um ato de sua peculiaridade.
Ao contrario do esperado, ele deixou o rato recair sobre o assento e sentou-se no chão a frente da poltrona. Tais atos aguçavam cada vez mais a minha vontade de saber o que ele viria tratar comigo.
— Perdoe minha falta de tato, Sr. Walker — disse ele — A cortesia de um primeiro encontro requer uma apresentação formal. Sou Charles August III, herdeiro da casa do Dr. August.
— Creio... — comecei hesitante sobre a informação — que já ouvi falar sobre seu avô.
Virei-me aos arquivos da estante e procurei pelos jornais recentes. Passei a coleciona-los em sugestão do Dr. Watson.
— Aqui está: Dr. Sean August; morre aos 53 anos, causas naturais.
— Precisamente.
— Receio que eu deva-lhe informar previamente que não sou medico e, assim, não poderei ajuda-lo caso exista alguma suspeita de que as causas não sejam naturais.
— Oh! Não senhor, não é sobre meu avô sobre que vim tratar.
— Perdão?
— Estou aqui para tratar sobre um telegrama que recebi há alguns dias. Sobre uma festa que darei na noite que se aproxima. — ele respondeu, acariciando o rabo do rato que repousava sobre seu ombro. O rabo e não o rato, este ainda estava sobre o assento.
Curioso como um rato poderia comportar-se daquela maneira, perguntei:
— Com licença, antes que prossiga com o caso, como treinou este rato?
— Perdão? Oh, Ulisses não é um rato treinado, senhor. Ele simplesmente me atende como a um amigo. Gosta de minha companhia e eu da dele. — explicou-me.
— Bem, devo dizer que é um rato de caráter singular. Gostaria que as pessoas fossem, também, simples desta maneira. — confessei meu desejo sobre a humanidade de maneira espontânea. Não sei o que me fez dizer aquilo, mas disse e, tentando retomar o assunto inicial, continuei — O que dizia o telegrama?
— Eu o trouxe comigo, senhor. Para caso eu esquecesse algum detalhe que pudesse lhe ser importante. A fama de seu professor o precede e é esperado que o aluno possuísse os mesmos costumes.
— Bem, agradeço o voto de confiança, mas devo dizer que não estou nem próximo do poder de dedução do prof. Holmes. — respondi, sentindo o rosto avermelhar pela comparação que me fora feita. — Deixe-me ver o telegrama.
Ele tirou do bolso do paletó um pequeno papel de cor amarelada e bordas amassadas, provavelmente pelo manuseio constante impulsionado por sua preocupação. Havia apenas umas poucas palavras ali:
“Em sua festa, cairá aquele que a mão brilhar”.
Passei longos minutos observando aquela mensagem, tentando extrair dela mais informação que poderia. Mas nem mesmo com toda a minha concentração, obtive sucesso nesta tarefa. E, enfim, prossegui:
— Bem, está claro que sua festa será o cenário de um assassinato, onde aquele que portar um anel brilhante será o alvo e que o assassino está entre os convidados, os empregados ou até mesmo o senhor. — parei por alguns segundos, encarando a expressão de pânico do jovem a minha frente e prossegui — Mas é claro que se o senhor fosse o assassino não estaria aqui, pedindo a resolução do mistério. O que sobra os convidados e os empregados.
— Mas que horror! O que será preciso fazer? — perguntou-me ele, tomando nas mãos o roedor que o acompanhava.
— Seria preciso manter todos juntos em um único local, o salão onde a festa acontecerá parece-me bastante eficaz para isso, e a minha presença. Precisarei estar presente para examinar todos os membros ali. — respondi — E oh, se quase tudo der certo, o assassinato será evitado; se não, será apenas um pequeno problema a ser enfrentado para encontrar o matador.
— Meu deus, senhor! Não tem pena do possível defunto?
— Meu caro Sr. August, parece-me que o assassino não é um novato no que está para fazer e é preciso que certos sacrifícios sejam feitos para poupar o futuro. Pelo bem da maioria, é preciso que um mínimo seja sacrificado.
— O que diria o bom Sherlock sobre sua conduta?!
— Indignar-se-ia com minhas palavras, mas saberia que estou certo. “Eu uso a cabeça e não o coração” foi o que ele disse certa vez em outro caso.
— Deus!
— Mas não se preocupe, assim como ele prezo pela vida humana e farei o possível para manter todos os seus convidados vivos.
Algumas horas mais tarde, eu estava sentado à mesa observando os sete convidados de meu cliente. Nenhum deles possuía ornamento algum em suas mãos, o que dificultou um pouco o meu trabalho, mas a calma recompensa àqueles que observam atentamente.
Um dos mais velhos ali presentes, diria que com 43 anos pelo pesar de suas rugas no rosto e as olheiras profundas, andava com dificuldade e com o auxilio de uma bengala. Ela sim estava ornamentada por um apoio de prata, que era acompanhado pela mão dele constantemente. Assim, sua mão brilhava por entre os dedos.
Não era tão obvio quanto um anel, a parte interna da mão brilhava e não a externa como eu havia deduzido anteriormente.
Mantive-me próximo a ele por todo o tempo que me foi permitido, mas minha paixão pela nona sinfonia distraiu-me por alguns instantes e acabei perdendo-o de vista.
Um grito alertou a todos que algo estava errado, claramente o grito do homem a quem eu deveria estar vigiando. Apressado — e tropeçando em meus próprios pés — subi as escadas e encontrei o senhor derrubado no chão, a bengala a seu lado e um segundo homem avançando sobre ele com um cutelo de açougue.
Afoito, peguei a primeira coisa que minha mão alcançou e arremessei-a contra ele. Por sorte, minha mira sempre foi algo a que eu pudesse gabar-me de possuir e o atingi no peito com... Uma cebola.
O impacto não o atordoou, mas o susto de ver uma cebola voando em sua direção sim. Deixou o cutelo cair e hesitou por um momento, o que me foi suficiente para impedi-lo em sua fuga.
Minutos mais tarde, com todas as pessoas da casa reunidas, eu havia amarrado o homem em uma cadeira e esperava pela força policial. Era um assassino e precisava ser preso.
Ou isso que eu pensava ser.
— Ora, ora, ora... Walker — o bandido começou — Parece-me que você aprendeu bem com Holmes.
— Hun? — hesitei — Como conhece meu professor?
— Ora, todos o conhecem! — ele respondeu rindo — Principalmente quem trabalhou com ele.
— Prossiga.
— E apesar de ter aprendido bem, sua memoria o trai, meu jovem. — ele disse e por um instante esteve em silencio, esperando que eu dissesse algo, como não o disse, ele prosseguiu — Ora! Não se recorda do homem que o levou até Holmes?! Não se recorda nem mesmo do pequeno August, que foi seu amigo antes de começar a estudar?
As informações vinham a meus ouvidos e, também, vagas lembranças dos meus tempos de criança. Coisas que achei ter esquecido.
— Então... O caso...? — comecei
— Mais um teste de Holmes para você. Seu teste final. — admitiu ele — Você passou em saber quem seria a vitima e, ofendido digo que, falhou em lembranças pessoais. Não recordar de alguém tão singular quanto August que sempre andou com o rato em suas mãos? Insultante.
— Devo pedir desculpas? Não... Não devo — murmurei para mim mesmo — Bem, transmita meus cumprimentos a Holmes e diga que ele continua um gênio...
Aquela noite me foi o final de um longo aprendizado. Uma ultima lição de Sherlock Holmes.
É preciso que notemos todos os detalhes, mas também devemos lembrar-nos de coisas antes de focarmos em casos. Às vezes, nosso passado volta para uma visita. Como o que me aconteceu.

21 de novembro de 2012

"Escreva bêbado, edite sóbrio."


Está é uma das mais famosas frases de Ernest Hemingway.
Estava analisando-a com minha amiga Nágila, que possui um tumblr, mas não me recordo qual é o seu endereço agora.
O importante é que nossa conclusão foi que a vida é “uma pornochanchada escrita por um roteirista muito, muito bêbado”.
A vida seria então, a primeira parte da frase.
Mas seria a morte — ou o apocalipse, onde todos morrerão — a edição sóbria do roteirista?
A morte seria a correção do roteiro?

Seria a perfeição a perda de humanidade do homem?


            Entendemos que a humanidade está em busca da perfeição desde o principio de sua existência. Mas o que é essa perfeição? Será que realmente vale a pena estarmos buscando há tanto tempo?
            A humanidade é tida como diferente da irracionalidade dos outros animais, não apenas pelo obvio polegar e cérebro avantajado, mas, pela sua capacidade de estar sempre evoluindo. Seja mentalmente, fisicamente ou qualquer outra forma possível.
            Perfeição significa que algo está em seu máximo estado. Onde não há mais nada para evoluir ou mudar. Nada mais precisa ser feito para esta coisa.
            Bem, se não há mais nada para ser feito. Para que estamos nos importando com essa coisa? Ora, ela não nos serve mais como meio de estudo para procura de evolução. Não há mais nada que possamos fazer nela.
            O homem nunca encontrará a perfeição que procura por que jamais se satisfará com ela. Mesmo que um dia a encontre, é possível que ele a ignore para que continue sua busca por ela. Ele não estará satisfeito com o resultado de sua procura. Afinal, o que fará depois?
            Acredito que se alguém diz que algo é perfeito está admitindo sua derrota perante a vida. Ele está além de admitindo isso, deixando sua humanidade para trás e tornando-se, outra vez, um animal irracional.
            Nada foi, nem é ou será perfeito.
            Perfeição trata-se de uma busca infinita para que o homem continue sendo homem. Para que não perca seu diferencial entre os seres.
            Tese perfeita? Não… Nem próximo disso. Há muito ainda que se pensar sobre.

Qual a finalidade de se estudar filosofia?


            A filosofia propõe questões que outras disciplinas não poderiam responder. Questões que vão da mais simples a mais importante, sendo que nenhuma delas pode ser dispensável de uma compreensão por aqueles que realmente pensam.
            Para responder as perguntas, antes é preciso entender os fatores que levaram a existência dela. É preciso examinar todos os lados de uma pergunta para que não haja qualquer equivoco em nossas conclusões. Mesmo nas questões diárias é preciso que o pensamento esteja mais bem desenvolvido.
            E é aqui que a Filosofia entra. Com ela aprendemos que há meios de evitar erros simples apenas com o pensamento mais bem fundamentado, assim os equívocos serão reduzidos.
            Enquanto alguns ensinam no que pensar, a Filosofia ensina em como pensar. Assim, enquanto conhecimentos passados tornam-se antiquados, o pensamento não. Ele estará sempre evoluindo para as adequações das situações propostas.

12 de novembro de 2012

Livro — Quando um eclipse acontece.


Já faz um bom tempo que não atualizo isto daqui. Acho que deveria explicar o porquê, mas não há um por que... Então, prossigamos com a postagem de hoje.
Estou aqui para discorrer sobre um livro recentemente publicado. “Quando um eclipse acontece”. Aliás, é meu livro. Gosto disso.

Sinopse:
"Quando o Sol e a Lua se encontram, nas um Eclipse"
Durante um verão, um estudante de filosofia conhece uma garota. Lentamente, sua presença cresce em sua vida e uma relação de confiança e amizade se forma entre os dois. Mas logo ele passa a desejar mais e enquanto sua noite é tomada pelo brilho de um pequeno sol, ele enfrenta suas dúvidas enquanto tenta conseguir a coragem para tomar o passo necessário.
Uma história de amor no verão Brasileiro, coroada pelo abraço silencioso do Eclipse.



Notas do autor:
Há tanta coisa a se dizer, mas tão pouco espaço... Este livro é dedicado para pessoas que estavam comigo quando precisei e até pessoas que eu pensei que não me trariam bem algum em ter passado pela minha vida.
Aos amigos,
Gustavo “Moon” Martins, Lucas “Adogeon” D’Marte, Renato “Hunter” Castro, Jimmy Andrews, Gabriel Saviolli, Kenny “Sonic” Rogers, Helena “Luar” Cruz e todos aqueles que estiveram me aguentando enquanto eu escrevia este conto e também perdia-me em meus devaneios com Ela.
Mas principalmente, este livro é para minha pequena Rosie, a garota do Sol. A senhorita insônia que através de uma parte ruim da minha vida acabou entrando e fez-se dona de meus pensamentos e agora retribuo a minha maneira pelos cuidados que tem tido comigo.

Onde pode ser adquirido?
O livro pode ser adquirido no website AGBook, em forma de livro impresso e/ou arquivo PDF.

Considerações finais:
Agradeço imensamente à Gustavo "Moon" Martins, meu amigo e revisor, que me aturou muito com este conto e escreveu a sinopse e fez uma capa para o livro. Agradeço muito cara.


25 de outubro de 2012

Fotos.


O entardecer trazia consigo o final da movimentação na cidade. As pessoas seguiam o final do dia indo a suas casas, algumas iam para seus trabalhos noturnos, outros iam se encontrar com amigos para relaxar do estresse do dia-a-dia.
Ainda algumas, como nós, estavam apreciando as cores da praça — que há pouco tempo havia sido reinaugurada após um longo período de reforma —. Algumas famílias estavam lá, com seus filhos e conjugues. Tirando fotos sob as luzes da fonte. Outros, mais solitários, sentaram-se nos bancos próximos apreciando a musica que tocava nos alto-falantes.
— Eu ainda não havia vindo aqui depois da reforma — ela disse
— Eu passei aqui antes, mas não reparei que estava tão bonita. — comentei, alternando o olhar da fonte para a garota que me acompanhava. — Nem que parecia ser tão agradável de estar.
Ela me olhou, o brilho em seus olhos denunciava o contentamento por estar ali. Por alguns instantes permanecemos em silencio, até eu decidir me sentar a beira da fonte, próximo às flores plantadas a sua volta.
— Você pode tirar uma foto? — ela pediu, indicando com a cabeça a fonte que alternava a iluminação entre as cores primarias.
— Claro. — respondi, tirando o celular do bolso e esperando a cor da fonte mudar para a cor que eu queria, um pena meu celular não ser realmente a coisa mais rápida possível para se tirar fotos. — Droga... Não era essa a cor que eu queria.
— Ficou bonita assim também — ela disse, rindo.
— É... — concordei. — Bem, sempre teremos aquele pôr-do-sol.
— Sempre.

Caminhando a noite.


— Então vamos — ela disse.
— O que? — indaguei — Onde?
— Caminhar. — levantou-se ela, deixando-me estupefato com a repentina decisão — Você disse certa vez que queria caminhar comigo a noite, por que não agora?
Estávamos sentados no parque, na pista de skate, rodeados pelas árvores, pelo som da banda que tocava ali e pelo cheiro de álcool e nicotina. As estrelas acima de nós enfeitavam a escuridão daquela noite sem luar.
Ainda absorto em meus pensamentos, vi-a dançar por entre a pista, com um sorriso pueril nos lábios. Não era realmente uma dança, eram apenas alguns passos improvisados, mas para mim tinha ainda seu charme.
Enquanto sorria, ela evitou me encarar até finalizar a pirueta que se encerrou com seu segundo chamado para que eu a acompanhasse. Apenas sorri. Sorri e bati leves palmas para sua dança.
— Ei! Você precisa ter cuidado — lembrei-a — Você ainda não está bem suficiente para fazer esse tipo de coisa.
— Vem comigo — ela chamou uma terceira vez.
Vencido, levantei-me, apoiando o peso do corpo sobre meu apoio e tentei alcança-la.
Quando me aproximei dela, ela deu alguns passos para trás. Como se me provocasse. Tomei-a em meus braços e a abracei, dizendo:
— Meu céu noturno invertido.
Ela envolveu-me com os braços e ficamos ali. Parados. Escutando o silencio noturno travar uma batalha com o alvoroço feito pelas pessoas do outro lado do parque.
— Vamos? — ela convidou
Sorri para ela e estendi meu braço para que ela me acompanhasse. Finalmente caminhávamos juntos durante a noite.

Sorriso Lupino

Abracei-a por trás e continuei andando. Há dias meu andar estava se complicando, mas aquela foi a melhor caminhada que eu havia feito em muito tempo. Caminhamos abraçados por alguns segundos apenas, ela carregou meu apoio e deixou que eu me apoiasse nela.
Fiz isso por tê-la visto entristecer — mesmo que por um instante senti a tristeza tomar seu olhar outra vez — e sabia que eu poderia fazê-la sorrir. Talvez seja um dom para com ela.
Nossos passos estavam ritmados — eu arriscaria dizer idênticos —, ela voltara a sorrir e a dor cessara. Tanto a minha quanto a dela. Ou foi isso que senti, ou deixei de sentir.
A caminhada tornou-se mais rápida com o seguir dos passos e quando se tornaram demasiados rápidos, tivemos que nos separar. Apesar de entender que se não o fizesse iriamos acabar caindo, meu corpo não queria que eu o fizesse.
Quando a soltei, ela devolveu-me meu apoio para que eu pudesse andar “normalmente”, mas seu cheiro havia ficado em mim. O que me fez sorrir ao perceber. Ela viu meu sorriso e desviou o olhar. O que me lembrou de algo que ela me disse em outra vez em que nos vimos. “Sorriso lupino”.

4 de setembro de 2012

Games and Burgers — Jogos e falação sobre eles com muita gordura!



           Boa noite a todos. Estou hoje trazendo uma recomendação de website para se visitar e se manter nos favoritos. O website chama-se Games & Burgers, mas como um bom folgado deixei um dos donos dele falar sobre. Nas palavras dele:

           “Fala povo! Meu nome é Carlos Frank e estou aqui para apresentar meu bloguinho, o Games and Burgers, ou G&B (Lê-se “Gueimes énd Bârguers” ou “Gê e Bê”).
           O blog foi criado por um grupo de amigos (também conhecidos como “nós”) para publicar reviews e pensamentos a respeito do mundo dos joguinhos eletrônicos com o qual estamos tão bem afeiçoados. A equipe conta comigo (Se você não prestou atenção lá em cima, sou Carlos Frank), Manoel D’Andréa, Rafael Forsetto e Vinícius Santos. Todos nós gostamos muito do que fazemos e esperamos que também gostem.
           As principais seções do blog são Artigos, G&B Recomenda e o BurgerCast. Nos artigos nós escrevemos divagações sobre a nossa experiência com os videogames, seu contexto e seus jogos... Pode incluir algumas outras coisas... No G&B Recomenda, recomendamos jogos (ou não) para grupos de jogadores de gostos específicos. Achamos que dar uma nota é algo subjetivo, uma vez que até jogos de nota baixa em sites conceituados pode ser adorado por certo público. Por último temos o BurgerCast, um podcast gravado durante nossas jogatinas em que falamos muita besteira, divergindo o assunto para games de vez em quando (tá, não é bem assim, mas é bem legal.).
           Fazia tempo que eu não precisava escrever um texto assim, but what the hell, certo? Esperamos que gostem!”.

           Minha atração favorita continua sendo o BurgerCast (onde haverá uma participação minha, talvez? Algum dia quem sabe...), por ser a melhor forma de eu continuar escrevendo e rindo das bobagens que esses caras falam.
           E espero que o site vá para frente, estou colocando a minha pouca reputação em jogo aqui por eles! Cabeças rolarão se algo der errado!
Fica a dica do Games and Burgers. Até mais.


24 de agosto de 2012

Slenderman — O “homem esguio”.



Como apreciador de lendas urbanas eu me senti impulsionado a falar sobre essa “nova” lenda que tem atormentando a minha timeline no facebook.

Sobre a lenda.

O Slenderman é descrito como um homem muito magro vestindo um terno preto e é capaz de esticar os seus membros e tronco para comprimentos desumanos, a fim de provocar medo e seduzir a sua presa.
Uma vez que os seus braços estão estendidos, as vítimas são colocadas numa espécie de estado hipnótico, onde ficam totalmente impotentes. Ele também é capaz de criar tentáculos dos seus dedos e andar numa forma similar a um Octopus; ele rapta, mata, e leva suas vítimas para um local desconhecido. E como nunca existem corpos ou provas por trás do seu rasto não há como se obter uma conclusão definitiva.


Muitas pessoas afirmam já terem visto o Slenderman.
Normalmente acontecem à noite, perto de rios ou florestas. Tem relatos também dele ter entrado em quartos de crianças à noite, com janelas abertas. Acredita-se também que apareceram imagens deles em fotos tiradas de crianças desaparecidas no dia em que elas sumiram...
As crianças também têm sonhos ou pesadelos sobre o “homem esguio” antes dos seus desaparecimentos. Contar essas histórias para os pais leva ao que eles sempre dizem: “imaginação fértil”.
Ele aparece principalmente à noite, e quase sempre nas áreas florestais ou próximas a rios. Ele também tem sido relatado espreitando para dentro de janelas abertas e passar na frente de motoristas solitários em estradas longas e desertas. O Slenderman, já foi avistado em lugares como Japão, Noruega e Estados Unidos.
Existem muitas fotos que correm pelo internet, onde a presença dele é bem visível. Muitas até são antigas, mas não se sabe se a aparição é verdadeira, ou se são apenas montagens, mas há documentários relatando a aparição dessa criatura (vídeos como o “The Slenderman Documentary” e o “Marble Hornets”), além de séries de TV como o Doctor Who onde existe um monstro bem parecido, não só na aparência, mas até alguns poderes com o Slenderman que são os Silence.
Silence, monstro da série Doctor Who e Slender Man, notaram a semelhança?

Essa criatura sobrenatural virou uma febre nas creepypastas pela internet, principalmente em vídeos e fotos relatando a sua aparição. E muitos acreditam que ele existe, fizeram até um sério documentário sobre essa criatura. Assustadora, ou não, o fato é que muitos relataram terem visto suas fotos, lendas e vídeos correm soltos pela internet...

Opinião do Lunewalker.

Uma palavra apenas. Fake.
O Slenderman, segundo algumas pesquisas que realizei quando me falaram sobre o assunto, foi criado em um fórum norte-americano que possuía o intuito de criar uma lenda urbana. Uma nova lenda para assustar as pessoas. Como a disseminação desse tipo de coisa é grande na internet, ela foi aos poucos tendo um embasamento mais firme do que quando fora imaginada na brincadeira.
Mas também pode não ser. A internet é traiçoeira, é o que digo.


14 de agosto de 2012

Conto — Prenúncios.



Podia se ver ao longe, naquele terreno, os corpos caídos, em meio ao próprio sangue, e um rapaz de longos cabelos negros, parado próximo a eles, segurando uma longa faca, cuja lamina refletia o brilho da lua. Sua respiração estava cansada, ele enxugou o suor da testa com a manga da jaqueta antes de tirá-la e amarrá-la na cintura.
Largando a faca, ele sentou-se no chão e encarava a lua, ouvindo apenas o silencio da noite, interrompido apenas pelo cricrilar dos grilos. E por um longo momento, ele descansara perdido em meio a seus pensamentos sobre sua vida — perguntando-se se algum dia iria poder descansar junto a seus iguais ou se um dia poderia não fazer mais o que fazia —. Ele ficou ali parado até ouvir um uivo distante e o som de asas, seguido por dois baques leves na terra macia, que sucederam ao som de passos e uma respiração tranquila, mas ainda assim sonora.
— Já faz algum tempo... — ele dissera, levantando-se para encarar aquele que, agora, o fazia companhia. — Velho amigo.
— Realmente faz Jack. — respondera-o. — Um bom serviço aqui com... O que são “isso”?
— Fomores, James, fomores. Todos eles... — esclareceu Jack — Incrível o numero de homens que tem vendido as próprias almas ultimamente...
A figura a sua frente era de um rapaz jovem, mas ainda assim mais velho do que ele, de cabelos negros curtos, o que contrastava em sua pele alva. Havia uma fina cicatriz na bochecha do lado esquerdo, assim como um semblante entristecido; e seus olhos eram de um azul-elétrico tão intenso que muitos diriam estar vendo suas almas refletidas neles. Ele vestia uma camiseta regata negra, deixando os braços livres para movimento — e no braço esquerdo, um crucifixo estava tatuado —, com uma calça marrom caqui comprida e botas de couro, também marrons.
— Como me achou? — perguntou. — Há muito não me procura.
— Você não é difícil de encontrar, só preciso seguir o primeiro rastro de energia lunar e logo encontro um lugar empesteado de sangue. — esclareceu o rastreador.
— H-eh. Esse sou eu... — riu-se ele.
A poucos metros dos dois uma terceira silhueta estava parada, de costas para eles, e, apesar de oculta pelas sombras, era possível notar que se tratava de uma mulher. Ela trajava uma longa capa de viagem, enfeitada com penas negras, vestindo também o capuz, protegendo a cabeça do vento noturno.
— Quem é ela? — indicou o vulto com um aceno de cabeça, sem desviar a os olhos daquele que estava a sua frente.
— Não há nada ali, Jack... — disse o amigo, sorrindo — Apenas sombras. — Ele começou a caminhar lentamente, por entre os corpos ensanguentados, e Jack o seguia de perto.
— Eu juro ter vist... — ele começara, mas fora interrompido por um novo farfalhar de asas, próximo a onde estava o vulto e agora, havia apenas uma ave. — Apenas um pássaro... Acho que o cansaço está me fazendo ver coisas...
— Nem tudo que há nas sombras é para ser temido, parceiro. — ouviu o amigo dizer, à frente — Até o corvo mais negro ainda reflete a luz em seus olhos.
Jack sorriu de lado ao ouvir aquilo. Há algum tempo ele não ouvia as rotineiras frases feitas do amigo, eram boas, em sua maioria, mas ele não conseguia conter o sorriso sarcástico. “Frases de caminhão” fora o apelido que ele dera a elas.
— O que ainda faz aqui, James? Achei que havia sido perdoado. — Jack perguntara curioso, tirando do bolso o isqueiro metálico e, em seguida, acendendo um cigarro.
— Eu escolhi ficar. Não gosto do que Mikael está fazendo por lá... Ele tem se tornado cada vez mais parecido com nosso velho amigo... — ele respondera, erguendo o olhar para o céu estrelado antes de confessar seu receio. — Temo que ele esteja trilhando a mesma estrada.
— Eu sempre disse que ele não prestava. — lembrou Jack — Sabe como é, filho mais velho quando o pai sai e deixa no comando... Ele ia surtar mais cedo ou mais tarde. Poder demais nas mãos de qualquer um faz isso.
— Acho que tem razão. — eles ficaram em silêncio por um longo tempo até Jack se pronunciar. — Mas Mikael não é qualquer um...
— E o que sugere que façamos? — perguntou ele após um longo trago de seu cigarro. — Caçá-lo?
— Não. — ele respondeu, voltando o olhar para Jack — Mesmo que seja essa minha vontade, nem mesmo nós dois seriamos suficiente para dar conta dele.
— Então?
— Agora devemos nos preparar... Preparar para o que está por vir. — respondeu ele.
— Estarei pronto quando for preciso. Você pode dar jeito nos corpos por mim? — ele pedira. — Não quero ser seguido... Nem mesmo por você.
— Claro. Você precisa de descanso, meu amigo.
Em um aceno de cabeça Jack concordara com o amigo e, jogando o cigarro fora, ele recolheu a faca que ainda estava no chão. Apesar da escuridão ele jurava ter visto James, o homem mais triste que um dia pensou em conhecer, sorrir antes de se despedirem.
Ele começara a andar pela encosta da rua, mas não sem antes ver — ou imaginar ter visto — James conversar com alguém nas sombras. As mesmas sombras onde vira o vulto desaparecer no ar. Nenhum dos dois sabia, mas eles se veriam em breve... Tão breve quanto a Lua se encontraria com o Sol.

12 de agosto de 2012

Luna, a deusa da Lua (e também minha patrona).



Por cima, em resumo sobre a Deusa.
Luna é a deusa romana da Lua. Juntamente com Diana e Hécate, ela forma a tríade:
Luna, a Deusa do Céu; Diana, a Deusa da Terra; e Hécate, a Deusa do Submundo.
Frequentemente retratada como uma mulher pálida que viaja em uma carruagem prateada; assim, é também, patrona dos cocheiros.
Seu templo no monte Aventino, em Roma, foi destruído pelo grande incêndio de Roma no ano 64 DC. Ela foi associada com doenças recorrentes e acreditava-se que ela interferia na atitude das pessoas insanas.
As palavras "Luna" e "lunático" significam “aquele que é da Lua”, é derivada do nome desta deusa romana. A Segunda-feira, segundo dia da semana, também é consagrado para a Deusa.

Símbolo da regeneração, que dá vida as forças do cosmo, a Lua representa a Deusa Luna como uma guardiã da sabedoria e poder mágico. Suas mãos conectadas acima de sua cabeça criam um halo de conhecimento sagrado. A barriga contém a gênese da luz na escuridão do útero.
Ela mantém a frequência de toda a vida homenageando o Grande Mistério Cósmico em equilíbrio com a manifestação da criação terrena. Usando um símbolo sagrado aumenta-se a criatividade dentro da consciência do indivíduo, e, em maior escala, ajuda a manter uma reverência sagrada para com a escuridão que está em processo de dar à luz a luz.
Onde a escuridão prevalece sobre a terra, dentro de indivíduos ou populações, a Deusa Luna silenciosa ressoa uma lembrança e um retorno à razão e ao equilíbrio. Ao usar o símbolo na água, o poder de ressonância magnética da Lua influencia as moléculas a procurar o Grande Mistério e aprender com o seu poder.


Segundo a Mitologia Grega
Luna (Selene) era filha dos titãs Hipérion e Téia, tendo como irmãos, a deusa Eos e o deus Hélios.
Um de seus melhores mitos sabidos envolve um simples, mas belo, pastor, cujo nome era Endymion. A deusa da lua apaixonou-se por este mortal, um caso que consequentemente resultou no nascimento de cinquenta filhas. Mas Endymion, como ser humano, era suscetível ao envelhecimento e eventualmente à morte. Selene não podia carregar o pensamento deste fato cruel. Então, assegurando que Endymion permanecesse eternamente jovem, fez com que o belo jovem dormisse para sempre. Desta maneira, Endymion viveria sempre, dormindo com a mesma idade.
Selene é muito associada à Artêmis, ou Hécate, mas vale lembrar, que esta deusa representa todas as fases da Lua, e é a pura personificação deste astro sendo seu nome romano Lua ou Luna.
Tradicionalmente ela é celebrada no dia 7 de fevereiro.

"— Por que Luna chora? — ela me perguntou"
"— A pergunta não é “por que” e sim “por quem”... — suspirei, cansado, antes de começar a história de Luna e Hélios."
(Luigi Lunewalker)


A deusa


12 de julho de 2012

Resenha – Línguas de fogo


Até onde você iria para ajudar um amigo?

10 de julho de 2012

Conto – Uma noite sem luar.


Era uma noite de verão. O clima estava agradável e muitos jovens aproveitavam o calor para andar pelas ruas e se divertirem, afinal eles estavam de férias. Jack não era um desses jovens, mas desfrutava de um raro período livre entre seus afazeres.
Ele sentara-se sobre a grama, entre as raízes de uma arvore, e observava o passar do tempo. Do lugar onde estava, podia ver as luzes da cidade, e as mesmas não impediam que ele pudesse apreciar o céu estrelado. Era ali que ele costumava passar o tempo, fosse calor ou frio, aquelas raízes o acolhiam por horas enquanto enfiava-se em seus pensamentos, por diversas vezes nublados.
Enquanto pensava, acendera um cigarro e cantarolava alguma canção que há muito estava em sua mente. Uma canção que ele mesmo não sabe a origem, apenas a conhece. Talvez uma memoria reprimida, ele não saberia dizer.
– Sempre gostei dessa música – ele ouviu uma voz conhecida às costas.
Ele voltara-se para trás, para ver a garota que proferira aquelas palavras. Ela era significativamente pequena, o cabelo comprido era mantido solto, e com suas mechas roxas dava-lhe o ar de garota mandona, o rosto bonito estava acompanhado de seu sorriso misterioso, mas que manifestava à calma e confiança que as pessoas sentiam quando estavam com ela.
– Olá Mary. – ele respondera, movendo-se para o lado para que ela pudesse sentar-se com ele e apreciar a vista.
– Oi Jack, como você está? – ela perguntara sorrindo, tomando para si o cigarro.
– Ah, minha amiga... Não estou nada bem. Como sempre. – ele respondera, abraçando-a e apoiando o queixo em sua cabeça ele continuou a canção.
– Ainda sente falta dela, não é? – ela perguntou, devolvendo o cigarro, após uma longa tragada.
– Sempre.
– Você sabe que não foi sua culpa Jack! – ela dissera, mordendo o braço do rapaz. – Sabe que ela quem decidiu ir!
– Ai! Eu sei Mary, mas não consigo... Não quero. – Ele gaguejou. – Sabe que ela era importante para mim.
– Jack pare com isso. Ela te largou tudo bem, mas já faz meses que isso aconteceu! Você acha que não notamos? Você tem sentido pena de si mesmo desde então, mas não percebe que nós, seus amigos, estamos contigo sempre? – ela levantou-se e permaneceu encarando-o.
– Esse é o olhar que me castra... Tudo bem Mary. Eu já entendi. – ele disse, levantando-se também. – Eu sei que vocês me querem bem. E também sei que ela não vai voltar, sei que estou sendo idiota. Mas às vezes, é preciso ser.
– Eu sei Jack, mas você poderia ser um pouco menos idiota. – ela disse, desviando o olhar para o céu. – É uma noite sem lua.
– É... Mais um motivo para eu estar deprimido.
– Achei que você gostasse tanto da lua nova quanto das outras. – ela voltou o olhar para ele, acanhada.
– Sabe que eu nasci sob ela. Mas eu nunca soube nada sobre minha mãe, ou meu pai... Então, é triste olhar para o céu e não encontrar minha protetora. – ele voltou o olhar para o céu, como se procurasse a lua, e jogou o que sobrava do cigarro fora.
– Sabe que eu também quero te proteger, não é Jack? – ela o abraçara.
– Eu sei Mary... Eu sei. – ele respondera, abraçando-a. – E sabe que eu sou muito grato por isso. Eu te amo garota. É parte de mim, minha consciência.
– Faço o que posso. – ela ria, escondendo o rosto no corpo do rapaz.

A vista de Jack e Mary. (Ou quase isso).

6 de julho de 2012

Sobre divulgação e parcerias


Bem, o Recanto tornou-se levemente conhecido entre os blogueiros, o que tem levantado as questões sobre divulgação e pedidos de parceria. E para isso, foi necessário a criação de um “Button” – ou mini banner – para que meus amigos e conhecidos possam divulgar o Recanto de maneira mais... Mais... Interativa? Enfim, o Button é esse:

3 de julho de 2012

Diálogo a base de chopp, batatas não mencionadas e realidades terríveis.


Dias atrás, Luke e eu saímos para beber... Alguns chopps depois, estávamos um pouco alterados e começamos a discutir algo, em algum momento ele disse algo com que me identifiquei e eu disse.
– Somos dois, cara! Espera aí, nós já éramos dois, mas agora somos mais dois do que antes!
– Pois não somos apenas, duas almas pequenas vagantes no dia em busca do sol. – ele respondeu, deixando-me confuso, até eu me lembrar de uma coisa que me amargurava há alguns dias.
– Cara, pintinhos quando crescerem tornam-se frangos, mas eu esperava que eles virassem girafas...
– Mas não sei se isso é possível, se nessa realidade terrível uva tem gosto de frango.
– Maior papo de “bebádo” irmão... – encerrei a conversa, bebendo mais um pouco do chopp.

Não sei o que teria feito sem as batatas naquele dia...

29 de junho de 2012

PlayerN42 – Gameplay


E aqui estou eu outra vez, trazendo um gameplay novo para pura diversão e entretenimento.
O canal PlayerN42 é bem recente, mas já vem atraindo nerds e entusiastas para seus vídeos; após a fase de testes, que eu acompanhei, o dono do canal está exibindo uma segue de jogos do NES, no momento está exibindo Megaman. Sim o primeirinho e imortal!
De uma maneira inteligente e com um humor um tanto quanto diferente, para gameplays, Renato vem trilhando seu caminho no youtube enquanto outros tentam o mesmo. Mas eu o recomendo, sério.

Com vocês agora, o primeiro vídeo da série de Megaman, contra o Bombman.



E é isso aí! Curtam os videos, inscrevam-se no canal e divulguem!

P.S.: Espero não estar colocando o pouco de reputação que tenho na lama, é bom ele manter isso aí!

27 de junho de 2012

Conto – Noite de Luar


             Os tons de laranja iam tomando conta do céu, outrora azulado, mostrando o entardecer, a lua cheia podia ser vista desde algumas horas, mesmo com o céu claro. Os carros que por ali paravam estavam à espera de seus filhos no colégio.
            Sobre o muro do colégio estava um jovem de longas madeixas negras, ele vestia roupas tão escuras quanto seu cabelo, apenas a jaqueta jeans contrariava os trajes, por seu tom azulado-escuro, os olhos estavam ocultos pelos óculos escuros. E enquanto fumava um cigarro ele esperava pensativo.
            Quando o sinal finalmente tocara, ele voltou o olhar para os alunos que saiam apressados, a procura dela, mas eram tantas cabeças passando que ele não conseguia identificar. Ele suspirou, desanimado, pouco antes de sentir alguém puxando a barra de seu jeans.
            – Ei, o que está fazendo aqui? – ele ouviu a voz feminina perguntar.
            – O que? Não posso mais visitar minha amiga? – ele respondeu com sarcasmo, pulando do muro para frente dela. Ela era bonita, isso ninguém poderia negar, seus lábios avermelhados contrastavam com a pele alva. – O que você fez com seu cabelo? Está... Curto.
            – Eu cortei oras. – ela respondera, tomando para si o cigarro que ele a oferecia. – E você não vem aqui desde que foi expulso, há anos. Mesmo depois de ter entrado em outro colégio e até se formado! – acusou ela.
            – Hey, não fui eu quem chutou o colégio, o colégio quem me chutou. Eu apenas estava com receio de aparecer... – ele tentava se explicar. – Mas agora eu sou um universitário, não corro risco algum aqui. No máximo vão me pedir para ficar... Mas eu duvido.
            – É... – ela concordou, jogando a bituca do cigarro para o lado. – Mas me diz, o que você veio fazer aqui?
            – Eu já disse, vim ver minha amiga. Não posso? – ele perguntou, sorrindo. – Oras você nunca reclamou quando eu aparecia antes! Por que o faz agora?
            – É, acho que não... Tudo bem, o que vamos fazer?
            – Andar, eu suponho. – ele respondeu – E você precisa trocar esse uniforme. É estranho andar com alguém que está com. Sei lá, me sinto... Velho.
            – Mas eu quem sou mais velha!
            – Mesmo assim... Vamos até sua casa, faz algum tempo que quero ir lá. –ele sugeriu.
            – E por que não foi?
            – Você sabe muito bem que a faculdade não me deixa tempo para fazer diversas coisas.
            – Mas isso não te impediu de sair com aquela garota naquela noite.
            – Bom, algumas vezes eu tenho que sacrificar uma noite de estudo por algo mais válido... Você sabe muito bem como eu funciono.
            – Podia pensar em me visitar ao invés de sair com cada garota que lhe dá um sorriso! – ela disse, batendo nele.
            – Ai! Ai! Para com isso, você sabe que seus tapas doem! – ele disse, tentando se proteger com os braços.

            Entre tapas e risos, eles seguiram caminho para a casa dela. Onde ela trocou o uniforme do colégio por uma saia, longa e de estampa florida, e uma camiseta de alguma banda de rock que ele não conseguiu identificar o nome pelo símbolo exótico; após um rápido lanche, ele a convencera a subir no telhado para olhar o céu noturno.
            – Só você mesmo pra me convencer a fazer isso outra vez.
            – Eu sei.
            – Lembra-se da ultima vez? Você ficou bêbado com o vinho e achou que ia cair daqui. – ela ria, lembrando-se da visão do amigo rolando pelo telhado e batendo o rosto contra a parede alta que impedira a queda.
            – Lembro... E meu nariz também lembra. – ele dissera massageando o próprio nariz, como se ainda estivesse dolorido. – Bah, eu também me lembro de você ter ficado bêbada com refrigerante!
            – Muito fácil para quem tem diabetes.
            – Não estrague minhas lembranças...
            – E estamos outra vez bêbados da noite.
            – Você nem lembra o que deveríamos estar olhando, não é? – ele perguntou, fechando os olhos, pedindo as estrelas por alguma paciência.
            – O Luar?
            – É, você lembra. – ele sorriu, abrindo os olhos novamente e encarando a grande lua cheia. – Mas bem, Luar, você não esqueceria seu apelido, não é?
            – Não mesmo, Lune.
            – Imaginei...

Um noite de luar, com minha amiga Luar.

21 de junho de 2012

Apenas uma daquelas brincadeiras entre blogs.


Sinceramente, encontrei isso em um blog noutro dia e salvei a lista para fazer algum dia... E que dia melhor do que hoje? Talvez amanhã... Mas enfim, lá vai.

A brincadeira é o seguinte... Ah, leiam ai.

20 de junho de 2012

O que inspira o Lunewalker?

           Bem, inspiração é uma coisa interessante. Gosto de dizer que não existe. Que é apenas uma desculpa que usam quando não conseguem fazer o que querem. Mas existem algumas coisas que me ajudam quando estou... "Travado". São elas:

1. A música.


Todos temos aquela canção que nos faz sorrir, certo? Pois é, a música ajuda a transmitir aquilo que sentimos. Ajuda a expressar o que não conseguimos com palavras... O que é interessante é a capacidade que ela tem de ajudar com as mesmas após estar devidamente "inspirado".




2. Uma noite chuvosa.

Eu gosto. Não sei como funciona para as outras pessoas, mas uma boa caminhada durante a noite, ou madrugada, enquanto uma leve garoa cai sobre meus ombros, ajuda a pensar sobre as coisas. "Lava a alma", é o que acho.




3. A natureza.

Ah, a natureza... Nada me deixa mais a vontade do que sentar na grama e observar as nuvens. Nada consegue fazer eu sentir... Bem, coisa alguma. A tranquilidade que ela me proporciona é indescritível e, muitas vezes, necessária para que eu consiga viver.



4. A lua!

Obviamente ela me ajuda! Sou seu andarilho, certo?
A lua sempre foi quem me guiava a rota para a glória. Ela me faz sentir bem, de maneira que as outras coisas não fazem. Tenho uma paixão gigantesca por Luna... Não consigo pensar em nada mais a dizer sobre ela. É magnifica, é bela, é tudo... O meu tudo. A lua... Gaia sabe como este andarilho anseia voltar aos braços de Luna... Ah, ela sabe...

19 de junho de 2012

Conto – A Musa


            E lá estava ela. Linda como em todas as vezes que ele a vira.
            O jovem músico a tinha como musa inspiradora. Não foram poucas às vezes em que se imaginara a falar com ela, mas em nenhuma dessas vezes ele chegara a realmente realizar... Apenas a observava ao longe.
            Irônico não acha? Um músico tão tímido quando este poderia ser, afinal, é esperado que alguém que faz o que ele faz deva ter, no mínimo, um punhado de coragem para encarar as pessoas. Mesmo que seja apenas sobre o palco. Coisa que este não o faz, em seus shows, ele apresenta-se de olhos fechados, concentrando-se apenas na melodia que toca e no som que os acordes formados possam transmitir as pessoas a sua volta.
            As poucas vezes em que arriscava olhar a plateia eram apenas para vê-la, e ainda assim, essas poucas vezes não duravam mais do que alguns segundos. Sabia que ela também o via, mas jamais ousara falar com ela.
            Todos os dias ele esperava por vê-la, um dia sem ela era como um dia desperdiçado. Mesmo que ele nunca falasse nada, vê-la era para ele de tal felicidade que ele não conseguira expressar além da música.
            Ele tentou uma ou duas vezes, talvez mais – ele prefere não lembrar –, falar com ela, mas ele não conseguia encarar aqueles belos olhos sem perder a voz. Sem perder o pouco de coragem que lhe existia.
            Poucos seriam capazes de entendê-lo, mas os que conseguem sentem-te refletidos nele em algum momento de suas vidas.
            E também poucos foram aqueles que sentiram tal alegria como quando, no fim de uma apresentação, ela correra para cumprimenta-lo, felicita-lo pela bela música que havia escrito e a emoção de quando ela beijara-lhe o rosto.
            Ele apenas murmurou um acanhado “obrigado” e correra, com o rosto rubro, para longe dela.
            Ele não conseguia conter o sorriso em seu rosto. Enquanto encarava a lua, martirizava-se por ter sido tão tolo e pedia ao universo alguma chance de um dia vencer-se e poder falar com ela.
            Mas por enquanto, ela seria apenas a inspiração para suas músicas...

O conto aqui presente fora um presente ao meu amigo Lucas "Adogeon" Martins. Espero que ele não se importe por eu ter publicado aqui.


14 de junho de 2012

Diálogo sobre pessoas balões, Gomes e afins.

Aqueles momentos em que se está falando com sua prima e a conversa rende teorias estranhas sobre estranhezas... Estranheza é uma boa palavra. Define a família. E foi mais ou menos assim que aconteceu:

– Então, nessa época eu fiquei bem triste. Por que queria que as pessoas sentissem a minha falta.
– É você é bem eu... Ou eu sou bem você, sei lá. – comentei.
– Somos bem assim – ela ria – Meio Gomes.
– Ou completamente Gomes. Parece algo comum na família. – eu comecei, puxando minha barbicha – Acho que temos mais de niilismo em nós do que percebemos, ou queiramos admitir.
– Também acho... Mas posso ser sincera?
– Seja.
– Esse nosso mundo interno é tão interessante, tão confortável... Quem iria querer sair?
– Né. Às vezes eu gostaria de chamar pessoas para entrar, por que os mundos que tenho visto são tão... Tão, não meus. Sabe, frágeis e que precisam se auto afirmar.
– É, as pessoas parecem tão afiadas.
– Hey! Por teoria, nós seriamos balões? – questionei, quase caindo da cadeira com a ideia de ver todos como balõezinhos flutuando no universo.
– Boa teoria – ela ria – Por que se fossemos acolchoados, nada feriria!
– Yeah!
– Que viagem a nossa... Tem coisas que só os doidos conseguem imaginar.
– É por isso que eu prefiro ser insano! Deixa a vida mais divertida e fácil de encarar. – conclui, balançando o corpo para os lados e cantarolando o encerramento de Dragon Ball Z.


Diálogo sobre cerveja, contabilidade e descontos.


Sabe aquelas madrugadas em que você está apenas convertendo oxigênio em gás carbônico e de repente seu primo surge, chamando você para ir comer um sanduíche? Então, foi assim que esse diálogo começou.
Ele estava esquentando a carne para nossa janta, ou boquinha da madrugada, quando notei as, várias, garrafas de Heineken na pia.
– Bebeu bastante hoje hein. – comentei.
– Não, nem é tudo de hoje isso. – ele respondeu, sem tirar os olhos da panela.
– Ainda assim, você as comprou na segunda.
– E?
– E já é quarta. Ignoremos que já passa da meia-noite, só será quinta-feira quando eu dormir e acordar.
– Certo, mas ainda assim nem é tanta. E é preciso rever até os gastos... – ele olhou pra mim, quase sério.
– Como?
– É. Tipo, não será uma conta exata por que essa não é minha área.
– É justo, continue.
– Cada cerveja saiu a quase três reais e eu comprei vinte e uma garrafas. Dando uma média de sete garrafas por dia. E isso dá duzentas e dez garrafas por mês. Um gasto de uns seiscentos reais por mês.
– Mas você não tomou todas sozinho. Nem comprou todas sozinho.
– Sim, veio gente aí e tomou comigo. Abate um terço da conta. Uns quinhentos reais por mês. Sabe o que isso significa?
– Que você é mais ou menos em contabilidade?
– Não, que eu preciso começar a ganhar mais.
– É verdade – eu ri
– E sabe qual é o pior?
– Não, o que?
– A cerveja está vencida há alguns dias e o filha-da-mãe não fez nem desconto!

Moral da história: É preciso de mais dinheiro para continuar a bagunça, por que esse é o tipo de coisa que faz com que pensemos em números. E que Heineken vencida precisa ter desconto!

13 de junho de 2012

Lunewalker, o romântico.


É, é... Bem vindos ao “Revirando o Lunewalker”. E não, não pretendo fazer disso um hábito, é apenas uma coisa que eu gostaria de falar sobre mim que muitos não sabem e os que sabem não acreditam.
Eu sou um cara romântico.
Apesar de tudo, de toda a minha pose de “badass”, "bobo” ou qualquer outra coisa que eu lhe pareça, eu sou um cara que preza o romance. Não apenas como forma de escrita, mas como forma de vida. Como base para um bom relacionamento... E tal.
Parece besteira não acham? Mas, na verdade, eu não acho besteira. Acho que o romance é a forma correta de se viver, acho que o mundo precisa de um pouco mais de amor.

Faça amor, não faça a guerra... Ou a barba.

É interessante ver que mesmo com minhas tentativas de mostrar isso, sutilmente é claro, para o mundo, quando eu decido falar abertamente sobre, quase ninguém acredita. Existe algum problema no mundo que eu ainda preciso descobrir qual é para poder mudar. As pessoas acham que por eu ser quem eu sou não posso ser romântico.
Muitas acreditam até que eu sou apenas mais um lunático que deveria estar jogado em uma sala acolchoada, amarrado a uma camisa de força, preso e sem contato com a sociedade. Eu bem que gostaria de não ter contato com ESSA sociedade, principalmente com pessoas que acham isso de minha pessoa.
Sobre o amor? O que eu penso?
Mesmo com muita gente me respondendo as mesmas perguntas com as mesmas respostas, dizendo que é “complicado” ou “impossível” definir o amor, eu tento aqui definir (avisando que essa é minha opinião e/ou teoria sobre) o amor.
Acredito que as pessoas não amam as pessoas a sua volta. Acho que as pessoas amam a ideia que elas têm das pessoas com quem convivem. Por que já estou cansado de ver casais; tomando aqui como exemplo uma relação de casal, mas não excluindo amizades e outras formas de convivência; se separando por idiotices justificando com desculpas como “ah! Tal pessoal não era como eu achava que fosse” ou “tal pessoa não é como pensei que fosse”.


É esse tipo de coisa que me faz perder parte da esperança em encontrar o que, de fato, é o amor. Parece algo tão bobo, algo tão fácil de perder, que faz parece não valer a pena sacrificar-se por.
Noutro dia estava falando sobre isso. Perguntaram se eu ainda tenho a visão de encontrar alguém com quem eu passasse a vida e ficasse com ela para sempre. Respondi que para sempre é muito tempo, e até mesmo até a morte parece tempo demais.
Respondi que era tempo demais por que se eu realmente amar tal pessoa, não ia querer que ela sofresse com minha morte. E também não quero sofrer com a dela, sou egoísta e daí, não é isso que me faz humano?
Acho que não há mais amor no mundo, estou descontente com o mundo atual. Um mundo onde cada vez mais a visão de que “pegação” é apenas o que existe e ninguém mais vive junto de alguém; um mundo onde a “putaria” é acompanhada da musica, que está cada vez pior, e faz com que se torne cada vez pior a babaquice humana.
Se vivemos em um mundo em que o amor não existe mais e só o que há para se ter é a putaria... Prefiro estar com meus livros, com meu café e biscoitos.
Um mundo sem amor, não é um mundo vivo. É o que penso e foda-se o mundo. Haters gonna hate!

Essa postagem foi regada a Whitesnake, em especial "Is this love", e agora para vocês um pouco de musica de apaixonado... Eu acho.