– Então, nessa época eu fiquei bem triste. Por que queria que as pessoas sentissem a minha falta.
– É você é bem eu... Ou eu sou bem você, sei lá. – comentei.
– Somos bem assim – ela ria – Meio Gomes.
– Ou completamente Gomes. Parece algo comum na família. – eu comecei, puxando minha barbicha – Acho que temos mais de niilismo em nós do que percebemos, ou queiramos admitir.
– Também acho... Mas posso ser sincera?
– Seja.
– Esse nosso mundo interno é tão interessante, tão confortável... Quem iria querer sair?
– Né. Às vezes eu gostaria de chamar pessoas para entrar, por que os mundos que tenho visto são tão... Tão, não meus. Sabe, frágeis e que precisam se auto afirmar.
– É, as pessoas parecem tão afiadas.
– Hey! Por teoria, nós seriamos balões? – questionei, quase caindo da cadeira com a ideia de ver todos como balõezinhos flutuando no universo.
– Boa teoria – ela ria – Por que se fossemos acolchoados, nada feriria!
– Yeah!
– Que viagem a nossa... Tem coisas que só os doidos conseguem imaginar.
– É por isso que eu prefiro ser insano! Deixa a vida mais divertida e fácil de encarar. – conclui, balançando o corpo para os lados e cantarolando o encerramento de Dragon Ball Z.
Nenhum comentário:
Postar um comentário