29 de junho de 2012

PlayerN42 – Gameplay


E aqui estou eu outra vez, trazendo um gameplay novo para pura diversão e entretenimento.
O canal PlayerN42 é bem recente, mas já vem atraindo nerds e entusiastas para seus vídeos; após a fase de testes, que eu acompanhei, o dono do canal está exibindo uma segue de jogos do NES, no momento está exibindo Megaman. Sim o primeirinho e imortal!
De uma maneira inteligente e com um humor um tanto quanto diferente, para gameplays, Renato vem trilhando seu caminho no youtube enquanto outros tentam o mesmo. Mas eu o recomendo, sério.

Com vocês agora, o primeiro vídeo da série de Megaman, contra o Bombman.



E é isso aí! Curtam os videos, inscrevam-se no canal e divulguem!

P.S.: Espero não estar colocando o pouco de reputação que tenho na lama, é bom ele manter isso aí!

27 de junho de 2012

Conto – Noite de Luar


             Os tons de laranja iam tomando conta do céu, outrora azulado, mostrando o entardecer, a lua cheia podia ser vista desde algumas horas, mesmo com o céu claro. Os carros que por ali paravam estavam à espera de seus filhos no colégio.
            Sobre o muro do colégio estava um jovem de longas madeixas negras, ele vestia roupas tão escuras quanto seu cabelo, apenas a jaqueta jeans contrariava os trajes, por seu tom azulado-escuro, os olhos estavam ocultos pelos óculos escuros. E enquanto fumava um cigarro ele esperava pensativo.
            Quando o sinal finalmente tocara, ele voltou o olhar para os alunos que saiam apressados, a procura dela, mas eram tantas cabeças passando que ele não conseguia identificar. Ele suspirou, desanimado, pouco antes de sentir alguém puxando a barra de seu jeans.
            – Ei, o que está fazendo aqui? – ele ouviu a voz feminina perguntar.
            – O que? Não posso mais visitar minha amiga? – ele respondeu com sarcasmo, pulando do muro para frente dela. Ela era bonita, isso ninguém poderia negar, seus lábios avermelhados contrastavam com a pele alva. – O que você fez com seu cabelo? Está... Curto.
            – Eu cortei oras. – ela respondera, tomando para si o cigarro que ele a oferecia. – E você não vem aqui desde que foi expulso, há anos. Mesmo depois de ter entrado em outro colégio e até se formado! – acusou ela.
            – Hey, não fui eu quem chutou o colégio, o colégio quem me chutou. Eu apenas estava com receio de aparecer... – ele tentava se explicar. – Mas agora eu sou um universitário, não corro risco algum aqui. No máximo vão me pedir para ficar... Mas eu duvido.
            – É... – ela concordou, jogando a bituca do cigarro para o lado. – Mas me diz, o que você veio fazer aqui?
            – Eu já disse, vim ver minha amiga. Não posso? – ele perguntou, sorrindo. – Oras você nunca reclamou quando eu aparecia antes! Por que o faz agora?
            – É, acho que não... Tudo bem, o que vamos fazer?
            – Andar, eu suponho. – ele respondeu – E você precisa trocar esse uniforme. É estranho andar com alguém que está com. Sei lá, me sinto... Velho.
            – Mas eu quem sou mais velha!
            – Mesmo assim... Vamos até sua casa, faz algum tempo que quero ir lá. –ele sugeriu.
            – E por que não foi?
            – Você sabe muito bem que a faculdade não me deixa tempo para fazer diversas coisas.
            – Mas isso não te impediu de sair com aquela garota naquela noite.
            – Bom, algumas vezes eu tenho que sacrificar uma noite de estudo por algo mais válido... Você sabe muito bem como eu funciono.
            – Podia pensar em me visitar ao invés de sair com cada garota que lhe dá um sorriso! – ela disse, batendo nele.
            – Ai! Ai! Para com isso, você sabe que seus tapas doem! – ele disse, tentando se proteger com os braços.

            Entre tapas e risos, eles seguiram caminho para a casa dela. Onde ela trocou o uniforme do colégio por uma saia, longa e de estampa florida, e uma camiseta de alguma banda de rock que ele não conseguiu identificar o nome pelo símbolo exótico; após um rápido lanche, ele a convencera a subir no telhado para olhar o céu noturno.
            – Só você mesmo pra me convencer a fazer isso outra vez.
            – Eu sei.
            – Lembra-se da ultima vez? Você ficou bêbado com o vinho e achou que ia cair daqui. – ela ria, lembrando-se da visão do amigo rolando pelo telhado e batendo o rosto contra a parede alta que impedira a queda.
            – Lembro... E meu nariz também lembra. – ele dissera massageando o próprio nariz, como se ainda estivesse dolorido. – Bah, eu também me lembro de você ter ficado bêbada com refrigerante!
            – Muito fácil para quem tem diabetes.
            – Não estrague minhas lembranças...
            – E estamos outra vez bêbados da noite.
            – Você nem lembra o que deveríamos estar olhando, não é? – ele perguntou, fechando os olhos, pedindo as estrelas por alguma paciência.
            – O Luar?
            – É, você lembra. – ele sorriu, abrindo os olhos novamente e encarando a grande lua cheia. – Mas bem, Luar, você não esqueceria seu apelido, não é?
            – Não mesmo, Lune.
            – Imaginei...

Um noite de luar, com minha amiga Luar.

21 de junho de 2012

Apenas uma daquelas brincadeiras entre blogs.


Sinceramente, encontrei isso em um blog noutro dia e salvei a lista para fazer algum dia... E que dia melhor do que hoje? Talvez amanhã... Mas enfim, lá vai.

A brincadeira é o seguinte... Ah, leiam ai.

20 de junho de 2012

O que inspira o Lunewalker?

           Bem, inspiração é uma coisa interessante. Gosto de dizer que não existe. Que é apenas uma desculpa que usam quando não conseguem fazer o que querem. Mas existem algumas coisas que me ajudam quando estou... "Travado". São elas:

1. A música.


Todos temos aquela canção que nos faz sorrir, certo? Pois é, a música ajuda a transmitir aquilo que sentimos. Ajuda a expressar o que não conseguimos com palavras... O que é interessante é a capacidade que ela tem de ajudar com as mesmas após estar devidamente "inspirado".




2. Uma noite chuvosa.

Eu gosto. Não sei como funciona para as outras pessoas, mas uma boa caminhada durante a noite, ou madrugada, enquanto uma leve garoa cai sobre meus ombros, ajuda a pensar sobre as coisas. "Lava a alma", é o que acho.




3. A natureza.

Ah, a natureza... Nada me deixa mais a vontade do que sentar na grama e observar as nuvens. Nada consegue fazer eu sentir... Bem, coisa alguma. A tranquilidade que ela me proporciona é indescritível e, muitas vezes, necessária para que eu consiga viver.



4. A lua!

Obviamente ela me ajuda! Sou seu andarilho, certo?
A lua sempre foi quem me guiava a rota para a glória. Ela me faz sentir bem, de maneira que as outras coisas não fazem. Tenho uma paixão gigantesca por Luna... Não consigo pensar em nada mais a dizer sobre ela. É magnifica, é bela, é tudo... O meu tudo. A lua... Gaia sabe como este andarilho anseia voltar aos braços de Luna... Ah, ela sabe...

19 de junho de 2012

Conto – A Musa


            E lá estava ela. Linda como em todas as vezes que ele a vira.
            O jovem músico a tinha como musa inspiradora. Não foram poucas às vezes em que se imaginara a falar com ela, mas em nenhuma dessas vezes ele chegara a realmente realizar... Apenas a observava ao longe.
            Irônico não acha? Um músico tão tímido quando este poderia ser, afinal, é esperado que alguém que faz o que ele faz deva ter, no mínimo, um punhado de coragem para encarar as pessoas. Mesmo que seja apenas sobre o palco. Coisa que este não o faz, em seus shows, ele apresenta-se de olhos fechados, concentrando-se apenas na melodia que toca e no som que os acordes formados possam transmitir as pessoas a sua volta.
            As poucas vezes em que arriscava olhar a plateia eram apenas para vê-la, e ainda assim, essas poucas vezes não duravam mais do que alguns segundos. Sabia que ela também o via, mas jamais ousara falar com ela.
            Todos os dias ele esperava por vê-la, um dia sem ela era como um dia desperdiçado. Mesmo que ele nunca falasse nada, vê-la era para ele de tal felicidade que ele não conseguira expressar além da música.
            Ele tentou uma ou duas vezes, talvez mais – ele prefere não lembrar –, falar com ela, mas ele não conseguia encarar aqueles belos olhos sem perder a voz. Sem perder o pouco de coragem que lhe existia.
            Poucos seriam capazes de entendê-lo, mas os que conseguem sentem-te refletidos nele em algum momento de suas vidas.
            E também poucos foram aqueles que sentiram tal alegria como quando, no fim de uma apresentação, ela correra para cumprimenta-lo, felicita-lo pela bela música que havia escrito e a emoção de quando ela beijara-lhe o rosto.
            Ele apenas murmurou um acanhado “obrigado” e correra, com o rosto rubro, para longe dela.
            Ele não conseguia conter o sorriso em seu rosto. Enquanto encarava a lua, martirizava-se por ter sido tão tolo e pedia ao universo alguma chance de um dia vencer-se e poder falar com ela.
            Mas por enquanto, ela seria apenas a inspiração para suas músicas...

O conto aqui presente fora um presente ao meu amigo Lucas "Adogeon" Martins. Espero que ele não se importe por eu ter publicado aqui.


14 de junho de 2012

Diálogo sobre pessoas balões, Gomes e afins.

Aqueles momentos em que se está falando com sua prima e a conversa rende teorias estranhas sobre estranhezas... Estranheza é uma boa palavra. Define a família. E foi mais ou menos assim que aconteceu:

– Então, nessa época eu fiquei bem triste. Por que queria que as pessoas sentissem a minha falta.
– É você é bem eu... Ou eu sou bem você, sei lá. – comentei.
– Somos bem assim – ela ria – Meio Gomes.
– Ou completamente Gomes. Parece algo comum na família. – eu comecei, puxando minha barbicha – Acho que temos mais de niilismo em nós do que percebemos, ou queiramos admitir.
– Também acho... Mas posso ser sincera?
– Seja.
– Esse nosso mundo interno é tão interessante, tão confortável... Quem iria querer sair?
– Né. Às vezes eu gostaria de chamar pessoas para entrar, por que os mundos que tenho visto são tão... Tão, não meus. Sabe, frágeis e que precisam se auto afirmar.
– É, as pessoas parecem tão afiadas.
– Hey! Por teoria, nós seriamos balões? – questionei, quase caindo da cadeira com a ideia de ver todos como balõezinhos flutuando no universo.
– Boa teoria – ela ria – Por que se fossemos acolchoados, nada feriria!
– Yeah!
– Que viagem a nossa... Tem coisas que só os doidos conseguem imaginar.
– É por isso que eu prefiro ser insano! Deixa a vida mais divertida e fácil de encarar. – conclui, balançando o corpo para os lados e cantarolando o encerramento de Dragon Ball Z.


Diálogo sobre cerveja, contabilidade e descontos.


Sabe aquelas madrugadas em que você está apenas convertendo oxigênio em gás carbônico e de repente seu primo surge, chamando você para ir comer um sanduíche? Então, foi assim que esse diálogo começou.
Ele estava esquentando a carne para nossa janta, ou boquinha da madrugada, quando notei as, várias, garrafas de Heineken na pia.
– Bebeu bastante hoje hein. – comentei.
– Não, nem é tudo de hoje isso. – ele respondeu, sem tirar os olhos da panela.
– Ainda assim, você as comprou na segunda.
– E?
– E já é quarta. Ignoremos que já passa da meia-noite, só será quinta-feira quando eu dormir e acordar.
– Certo, mas ainda assim nem é tanta. E é preciso rever até os gastos... – ele olhou pra mim, quase sério.
– Como?
– É. Tipo, não será uma conta exata por que essa não é minha área.
– É justo, continue.
– Cada cerveja saiu a quase três reais e eu comprei vinte e uma garrafas. Dando uma média de sete garrafas por dia. E isso dá duzentas e dez garrafas por mês. Um gasto de uns seiscentos reais por mês.
– Mas você não tomou todas sozinho. Nem comprou todas sozinho.
– Sim, veio gente aí e tomou comigo. Abate um terço da conta. Uns quinhentos reais por mês. Sabe o que isso significa?
– Que você é mais ou menos em contabilidade?
– Não, que eu preciso começar a ganhar mais.
– É verdade – eu ri
– E sabe qual é o pior?
– Não, o que?
– A cerveja está vencida há alguns dias e o filha-da-mãe não fez nem desconto!

Moral da história: É preciso de mais dinheiro para continuar a bagunça, por que esse é o tipo de coisa que faz com que pensemos em números. E que Heineken vencida precisa ter desconto!

13 de junho de 2012

Lunewalker, o romântico.


É, é... Bem vindos ao “Revirando o Lunewalker”. E não, não pretendo fazer disso um hábito, é apenas uma coisa que eu gostaria de falar sobre mim que muitos não sabem e os que sabem não acreditam.
Eu sou um cara romântico.
Apesar de tudo, de toda a minha pose de “badass”, "bobo” ou qualquer outra coisa que eu lhe pareça, eu sou um cara que preza o romance. Não apenas como forma de escrita, mas como forma de vida. Como base para um bom relacionamento... E tal.
Parece besteira não acham? Mas, na verdade, eu não acho besteira. Acho que o romance é a forma correta de se viver, acho que o mundo precisa de um pouco mais de amor.

Faça amor, não faça a guerra... Ou a barba.

É interessante ver que mesmo com minhas tentativas de mostrar isso, sutilmente é claro, para o mundo, quando eu decido falar abertamente sobre, quase ninguém acredita. Existe algum problema no mundo que eu ainda preciso descobrir qual é para poder mudar. As pessoas acham que por eu ser quem eu sou não posso ser romântico.
Muitas acreditam até que eu sou apenas mais um lunático que deveria estar jogado em uma sala acolchoada, amarrado a uma camisa de força, preso e sem contato com a sociedade. Eu bem que gostaria de não ter contato com ESSA sociedade, principalmente com pessoas que acham isso de minha pessoa.
Sobre o amor? O que eu penso?
Mesmo com muita gente me respondendo as mesmas perguntas com as mesmas respostas, dizendo que é “complicado” ou “impossível” definir o amor, eu tento aqui definir (avisando que essa é minha opinião e/ou teoria sobre) o amor.
Acredito que as pessoas não amam as pessoas a sua volta. Acho que as pessoas amam a ideia que elas têm das pessoas com quem convivem. Por que já estou cansado de ver casais; tomando aqui como exemplo uma relação de casal, mas não excluindo amizades e outras formas de convivência; se separando por idiotices justificando com desculpas como “ah! Tal pessoal não era como eu achava que fosse” ou “tal pessoa não é como pensei que fosse”.


É esse tipo de coisa que me faz perder parte da esperança em encontrar o que, de fato, é o amor. Parece algo tão bobo, algo tão fácil de perder, que faz parece não valer a pena sacrificar-se por.
Noutro dia estava falando sobre isso. Perguntaram se eu ainda tenho a visão de encontrar alguém com quem eu passasse a vida e ficasse com ela para sempre. Respondi que para sempre é muito tempo, e até mesmo até a morte parece tempo demais.
Respondi que era tempo demais por que se eu realmente amar tal pessoa, não ia querer que ela sofresse com minha morte. E também não quero sofrer com a dela, sou egoísta e daí, não é isso que me faz humano?
Acho que não há mais amor no mundo, estou descontente com o mundo atual. Um mundo onde cada vez mais a visão de que “pegação” é apenas o que existe e ninguém mais vive junto de alguém; um mundo onde a “putaria” é acompanhada da musica, que está cada vez pior, e faz com que se torne cada vez pior a babaquice humana.
Se vivemos em um mundo em que o amor não existe mais e só o que há para se ter é a putaria... Prefiro estar com meus livros, com meu café e biscoitos.
Um mundo sem amor, não é um mundo vivo. É o que penso e foda-se o mundo. Haters gonna hate!

Essa postagem foi regada a Whitesnake, em especial "Is this love", e agora para vocês um pouco de musica de apaixonado... Eu acho.


12 de junho de 2012

Gravações do Lunewalker – Alguns dias, gravando e andando.

As gravações nunca param! Estou sempre andando e vendo a graça na vida, até em momentos sem graça. Ou não.


Atrasado para aula de sábado... Apenas com vontade de gravar algo sobre.


Há alguns dias houve o show do Charlie Brown Jr. Eu fui.


Alguns minutos antes do show.


Um especial de uma ótima segunda-feira (11/06), sem aula e fazendo bagunça no shopping!

11 de junho de 2012

Conto – Uma noite comum para os incomuns.

            Enquanto uma leve garoa caia sobre o jovem, seu cabelo comprido esvoaçava ao forte vento que tentava, inutilmente, mudar seu curso, que caminhava sem destino, com as mãos em seus bolsos – manuseando o isqueiro que havia em um deles – com uma expressão séria ele andava sem saber para onde seus pés o levavam. Quando dera por si e olhara a sua volta, reparara em uma casa.
            Ele piscara, não acreditando em que seus olhos, negro-acinzentados, o mostravam. A primeira vista não aparentava haver nada de surpreendente, era de uma arquitetura simples – com janelas e porta enferrujadas e um pequeno quintal malcuidado –, quase rustica. Nada que chamasse a atenção de alguém, a casa parecia ter sido feita exatamente para não ser notada, devido sua localização – em meio a outras, há muito, abandonadas. Mas para ele, em geral, as coisas tinham um motivo para chamar à atenção. Ele não sabia naquele momento, mas aquela casa havia de ter-lhe atraído o olhar por um motivo em particular, que logo lhe seria revelado.
            Ele permaneceu por vários minutos encarando a casa, como se esperasse que alguém fosse sair, antes de seguir seu caminho.
            Caminho que o levou a uma grande feira. Talvez não tão grande quanto parecesse à primeira vista, mas relativamente grande. O intoxicante cheiro de comida era inconstante e pessoas de todos os tipos estavam por lá, desde muito jovens a muito velhos. Artistas apresentavam seus números paralelamente e em grande harmonia. Os sons de diversas melodias misturavam-se as vozes dos passantes, tornando impossível distinguir um som do outro. Parecia tudo estar interligado de alguma forma.
            A chuva – que ali parecia afinar – não incomodava as pessoas. Talvez o bom-humor inibisse qualquer outra sensação, ele não sabia. Não sentia nada. Estava indiferente aquilo tudo. Ele vagava por entre as pessoas procurando por algo que o interessasse. O carma de quem procura algo é que no fim, esse alguém acaba encontrando.
            Uma aglomeração estava se formando e, entediado, ele fora tentar descobrir o que acontecia. No olho da confusão, havia duas pessoas discutindo aos berros, nos poucos minutos que ele perdera ali constatou que era uma simples briga de casal.
            – Hunf – resmungou enquanto tentava contornar a confusão. – Não é assunto meu e muito menos deles...
            Mesmo a distancia ainda era possível ouvir os gritos do casal, aquilo era tedioso. Por que as pessoas tinham que ser tão desagradáveis? Por esse motivo ele deixou-se guiar até o cerco dos animais. Cães. Seus favoritos em todos os seres pluricelulares.
            – Oi amigo – dizia ele, acariciando a cabeça um filhote de labrador. – Eu sei que você quer sair daqui. As pessoas não entendem o que é... Precisar de espaço para esticar as patas.
            – Eu acho que você também não. – Ouviu uma voz feminina dizer próximo a si.
            – Não fale do que não sabe. – Disse ele, erguendo-se, sem olhar para a garota. – Entendo muito mais os cães do que pode imaginar... Na verdade, sinto-me mais a vontade com eles do que com humanos.
            – É falta de educação falar com alguém sem olhar esse alguém nos olhos – resmungou ela forçando-o a encará-la. – Ainda mais se esse alguém é uma garota.
            Era uma garota estranha, era o que sentia sobre ela. Estatura baixa, seu cabelo dourado não era muito longo, ligeiramente menor que o dele, a leve maquiagem em tom azulado ressaltava seus olhos castanhos. Possuía uma linha firme de expressão o que lhe proporcionava um ar durão, acentuado com um pirulito em sua boca. Ela chamava-lhe a atenção.
            – Quem pensa que é para me dizer o que fazer? Minha mãe? – zombou ele, dando-lhe as costas.
            – Ei! – ela gritara. Por que ela fez isso? Era incomodante...
            – Pode, por favor, não gritar? – ainda de costas ele pediu, era estranho ele usar de boas maneiras com alguém. – Isso machuca.
            – Machuca...? – ela estava confusa. – Como assim?
            – Coisa minha... Esquece.
            – Não! – ela tornara a gritar.
            – Eu já pedi pra não gritar garota! – ele voltara-se para ela com violência. Visivelmente irritado, havia perdido o ar sereno que até então mantinha, sua mão direita pairava a meio caminho do rosto dela.
            – Não briga comigo! – ela gritou novamente, não aparentava ter percebido o possível soco que levaria.
            Isso o confundira. Há poucos instantes ela ostentava um ar rebelde, um ar de teimosia, mas agora parecia indefesa. Não apenas isso, ela parecia alguém a quem ELE deveria proteger... Muito estranho.
            – Er... – gaguejou, deixando seu braço cair ao seu lado.
            – O que vai fazer hein?! – replicou ela, voltando a sua postura anterior. Era realmente uma garota estranha.
            – Vem comigo – disse enquanto recolocava as mãos nos bolsos e tornava a andar.
            – Para onde vamos? – perguntara quando o alcançara.
            – Apenas me siga... – ele dera de ombros e continuou a andar.
            Ele permanecera absorto em seus próprios pensamentos o caminho todo. Não sabia por que estava dando atenção a essa garota, mas sabia que deveria. Era o que seu instinto lhe dizia para fazer.
            – O que você bebe? – perguntara, por fim, ao chegarem a uma pequena barraca em um canto da feira, uma barraca simples, mas armada em um ponto onde era difícil de ser notada. Havia pouca iluminação, deixando-a mais oculta do que já, naturalmente, era.
            – Nada com álcool
            – Por quê? Fraca demais para a bebida? – zombara.
            – Não, apenas não bebo com quem eu não conheço.
            – Certo...
            – E você, não bebe? – ela perguntara curiosa ao ouvi-lo pedir dois sucos de laranja.
            – Não.
            – Fraco demais para bebida? – ela sorria de forma provocante.
            – Não bebo por motivos próprios... Motivos que não dizem respeito a você.
            Quando chegou, a garota começara a adoçar a bebida. Parecia não haver limite, pois ela não parava de encher o copo, colherada por colherada, com açúcar. Ela só parou quando havia uma camada de mais de três dedos de açúcar no copo.
            – Se era pra você morrer por diabetes, não morre mais!
            – Eu gosto de açúcar! – ela replicou, com um sorriso infantil no rosto.
            – Estou vendo... – disse ele, com expressão de espanto.
            Ele a olhava, interessado, sentia que já havia a visto em algum lugar.
            – Eu conheço você? – ele desistira de vasculhar, em busca da garota, sua memoria quando ela terminara seu suco.
            – Acho que de vista, todos os passantes acabaram me conhecendo. – ela brincava com o açúcar que havia no fundo de seu copo. – Eu estava ali – ela apontara para onde havia a confusão que ele vira mais cedo – discutindo com o meu “ex-namorado”.
            – Era você então? – ele sorrira – Bem que eu já havia ouvido seus gritos.
            – Ei!

            A noite aprofundara-se e os dois ficaram juntos andando pela feira.
            Descobriram ser bastante parecidos, embora completos opostos. Ele preferia o sal enquanto ela açúcar. Ele gostava de cães e ela gatos. Ele amava o fogo e ela a água. Estavam absortos conversando que não reparam que já era tarde e que ela precisava ir para casa.
            – Me levaria até em casa?
            – Ninguém mais por aqui me instiga a uma conversa decente. Então, sim... Eu te levo. – ele sorria fracamente.
            Ela o guiava, afinal, ele não sabia onde era sua casa. Apesar da maneira como se conheceram, ela o fazia sorrir. Era engraçado vê-la atravessar as ruas enquanto os carros seguiam. Ela o puxava pela mão para que corresse com ela. Coisa que ele, por bom-senso não fazia. Não foram poucas às vezes em que ele a conteve, para evitar que ela fosse atingida por algum carro. Nessas – muitas – vezes, ela parava em meio à rua e sentava-se e lá permanecia, parecendo uma criança emburrada.
            Quando finalmente chegaram o caminho, para ele, parecia muito mais curto se ela não tivesse o feito tantas vezes. Ao olhar a casa ele percebera onde estavam. Era a casa que mais cedo ele havia notado. Não podia ser obra do acaso, era coincidência demais.
            – Você mora aqui?
            – Moro, por quê? – indagou curiosa.
            – Nada demais... – ele não parava de encarar a casa, como antes ela parecia convidá-lo a entrar. Como se houvesse algo a mais naquele lugar, algo que ele não sabia o que era.
            – Bem, boa noite... – ela subira na ponta de seus pés para beija-lo em seu rosto.
            – Boa noite... Qual o seu nome? Quer dizer, passamos a noite andando juntos e nem sei como se chama. – Ele saíra de seu transe e reparara nesse fato. Um leve deslize de sua parte, não achava que deveria saber o nome de todos, mas com ela era diferente... Por algum motivo.
            – Agatha, e o seu?
            – Mas se preferir pode chamar-me de Jack – respondera voltando seu olhar da casa para ela. – Boa noite... Agatha.
            – Boa noite Jack.
            – Boa... – ele beijara sua testa e deixou-a parada em frente à própria casa.
            Com as mãos nos bolsos, seguia pelas ruas escuras da cidade... A noite tinha sido estranha, até mesmo para os padrões dele.



Diálogo sobre nerds, fliperamas, lendas de bairro criadas a leite com pera e mensagens subliminares.


            Tudo começou em um daqueles dias em que a conversa com um amigo rende mais do que pareceria render, além de obvias risadas sobre as desculpas esfarrapadas que ele dava.

            – Sabe... Eu ainda tenho duas fichas de fliperama. – ele disse.
            – Hun? Sério?
            – É. – ele respondeu, tirando-as do bolso. – Tenho que ir jogar qualquer dia desses.
            – Pra perder outra vez? – zombei.
            – Ah, qual é! Se eu tivesse um joystick não teria perdido!
            – Desculpa fuleira essa, não acha?
            – Falta de pratica cara! Se eu estivesse jogando em casa, com o meu console, eu teria ganhado fácil!
            – Mas não estava.

Nerds jogando.

            – É... – ele baixou os olhos, mas logo tornou a erguê-los, com certo entusiasmo no olhar. – Mas eu ainda vou ganhar naquele jogo!
            – Sei, sei... Você não desafiou um garoto naquele dia? O que houve?
            – Ah, ele não quis aceitar o desafio. Senti no olhar dele que ele queria zerar sozinho... Mas também senti que no fundo ele não queria era arriscar perder uma ficha. Frangote.
            – Essa nova geração de nerds afobados. Nunca irão entender como era a época das casas de fliperamas... Ou bares que tinham fliperamas.
            – É, uma geração criada a leite com pera! Que nunca saberão como é ser “a lenda do bairro” e ser considerado o melhor entre todos. Não sabem que o espirito de um fliperama é o risco de perder.
            – Um bando de crianças que estão tão amedrontadas de sair de casa que quando saem fica a procura da proteção materna para as derrotas que terão. Como se esperassem que ela trouxesse um sanduiche de queijo quente e um copo de limonada.
            – Pais que apostam fichas em gente sem futuro. – ele concluiu. – Isso é engraçado. Com algum nível de conceito oculto sobre tudo que dissemos, e também um pouco de seriedade através das piadas.
            – É... As pessoas deveriam refletir mais sobre essas coisas.

Respectivamente, eu e meu amigo Luan Luigi. (Sim, ele é meu xará).

5 de junho de 2012

Artigo – O papel do educador na sociedade atual.




A todo o momento as coisas mudam, seja para melhor ou não, mas há algo que permanece, e parece que sempre permanecerá, a mesma; que é a importância de um educador, ou professor. (E também a irreverência com que a profissão é tratada).
O numero de profissionais, de todas as áreas, aumenta exponencialmente todos os dias; mas quase nunca é visto que todo profissional tem uma coisa em comum, que é ter tido, ao menos, um professor. Alguém que os ensinou e os incentivou a ser quem são e fazerem o que fazem.
Embora de suma importância para o desenvolvimento da sociedade, a profissão é ridicularizada e taxada como supérflua. (Como se todos fossem autodidatas). Existem exceções, como na China, onde somente o professor não se curva perante o imperador, pois “uma sociedade sem cultura, não é, de fato, uma sociedade”.
Diversos membros de nossa sociedade encaram o professor como um bode expiatório a quem esperam passar despercebidos e que os aprove em sem maiores “tormentos”; mas outra parte da sociedade o encara como um objetivo, como um verdadeiro desafio a ser superado. (“O aluno torna-se o mestre”).

Um exemplo de como a sociedade "valoriza" o professor.

O professor ainda é um profissional mal reconhecido pela sociedade; mas o que a ela não percebe é que sem o professor, ela jamais seria o que é. Não percebe que o educador é responsável pela formação do futuro da nação e que sem bons educadores, não haverá um futuro.
Afinal, onde estaríamos se não houvesse os professores?


2 de junho de 2012

Música – Segura essa! O Efeito Ramones!


Os The Ramones!

“One, Two, Three, Four!” (Dee Dee Ramone, baixista da banda, ao começo de cada música).

Os Ramones, precursores do punk rock, nasceram em Nova York no começo da década de setenta. Unidos pelo desejo de fazer música, mesmo sem saber tocar coisa alguma, os quatro nova-iorquinos forçaram sua entrada pela fama em meio a escoria da cidade.
Sua grande marca era o modo como agiam, não ligando para as pessoas a sua volta e mantendo-se “puros”, se é que se pode dizer isso de um Ramone. A banda teve diversas formações, sendo a mais famosa a segunda (Joey Ramone, Johnny Ramone, Dee Dee Ramone e Marky Ramone), que se manteve por vários anos.
Cada membro tinha sua história ruim. Uma banda como os Ramones não poderia começar de um grupo de garotos bonzinhos, ela precisava ser formada pelos “desajustados do bairro”.
Dee Dee Ramone fora o ponto de encontro para os membros. Ele conhecera cada um dos membros muito antes de eles adotarem o sobrenome Ramone.

Dee Dee Ramone
Aliás, o sobrenome Ramone tem origens controvérsias. Uns dizem que era uma forma de homenagear Paul McCartney, que utilizava a alcunha de “Paul Ramone” ao registrar-se em hotéis; Outros dizem que era uma homenagem ao primeiro empresário da banda, que os ajudou em diversas situações; E ainda outros dizem que fora apenas um nome a esmo que Dee Dee inventara. (Ele mesmo, em sua biografia, diz que não falava sério ao sugerir Ramones como nome para a banda).
O punk rock deles era simples, curto e poderoso. Com letras simples expressavam tudo aquilo que estava “entalado em suas gargantas” sobre a vida que levavam; Com músicas curtas iam direto ao ponto, sem rodeios para dizer aquilo que queriam; E com posturas de poder, os Ramones não se deixavam abalar por seus shows terem a impressão de apenas a pior parte de Nova Iorque os visse e ouvisse.
Apesar dos pesares a banda conseguiu ficar unida por anos. Considerados influencias para diversas outras bandas, tais como o Sex Pistols.

Sex Pistols

Sex Pistols, a banda britânica de punk rock mais famosa de todas. Dee Dee Ramone conhecera Sid Vicious antes mesmo de ele entrar para a banda e segundo os boatos, fora Dee Dee quem apresentara a groupie Nancy Spungen, futura namorada de Sid. (Embora o romance não tenha um dos melhores finais no mundo da música).
O fato é que Ramones é uma banda imortalizada através das eras. Eu, Luigi, a considero minha banda favorita e reflito dela toda a minha emoção. Ramones tem dois efeitos sobre a minha pessoa. O primeiro deles é, se eu estiver deprimido, ela consegue levantar o meu animo; e o segundo é, se eu estiver animado, ela conseguir duplicar a minha vontade de sair por ai detonando!

A grande bandeira do punk rock.

1 de junho de 2012

Mentes cabeça – Capitulo um.


Um novo dia, um novo emprego, uma nova vida, um novo começo, uma nova casa e uma antiga parceira de contas!
É, estou escrevendo outra vez – mas agora profissionalmente – e estou de mudança. O prédio do meu antigo apartamento fora condenado. E estou voltando para a capital, levando minhas – poucas – coisas para o novo apartamento. Nada que seja muito difícil de levar. Mas os ônibus são horríveis... Fiz uma viagem péssima, a melhor parte foi que acabou.

O ônibus.

Ah sim! Esqueci-me de lhes dizer, eu estou indo morar com minha amiga Duda. Como nos tempos de faculdade, mas agora estamos fora dela há muito tempo – embora igualmente quebrados.
Entendam, formei-me em filosofia e ela em psicologia. Não são cursos que nos ofereceram opções muito grandes de trabalho, embora ela esteja um pouco melhor do que eu. Vejamos por esse lado, ela tem um emprego fixo... Ou quase isso, sinceramente, eu só sei que ela trabalha com lunáticos. Mas nenhum deles é tão louco quanto eu, isso eu garanto.
Ela estava atrás de uma pessoa para dividir o apartamento (entenda-se as contas) com ela. E eu estava mesmo precisando de alguém para cuidar de mim em meus problemas mentais (ou me conceder consultas gratuitas, se preferirem acabar com minha sutileza).
A Duda é uma baixinha legal (e quando eu digo baixinha, é baixinha mesmo! Ter 1,50m de altura não é muita coisa não!), esperta e bonita. A morena que todo cara um dia procura ter para si. No meu caso, eu a tenho. Como melhor amiga e consciência, mas tenho.

***

Após sair da rodoviária e tomar dois ônibus errados, consegui chegar ao lugar. Ao tocar a campainha três vezes, por mero costume de origem desconhecido, uma Duda descabelada me atendeu. Não sei se a noite tinha sido boa ou se ela só estava com sono.
– E aí minha baixinha, saudades? – sorri, jogando sobre ela uma de minhas mochilas.
– Você chegou tarde e...
– Ah, sabe que o tempo é meu maior inimigo! – interrompi-a, evitando o sermão – E pegar ônibus nunca foi meu maior talento...
– Sei... Entra, vou te mostrar seu quarto.
Era um apartamento pequeno, mas até que confortável. A sala era em conjunção com a cozinha, divididas apenas por um balcão, e nela havia dois sofás rubros, uma velha poltrona, uma pequena mesa de centro entre um dos sofás e a televisão. E cortinas laranja ocultavam as janelas... Nunca gostei de laranja.
– Duda, por que essas coisas nas janelas?
– Chamam-se cortinas, servem pra... Pra... Pra enfeitar o lugar.
– Ah qual é! Eu vou tocar fogo nelas um dia, já te deixo avisada.
Ignorando meus avisos sobre minhas tendências piromaníacas, ela me mostrou meu novo quarto, um aposento simples. Uma cama, um armário, um ventilador de teto... E as malditas cortinas laranja!
– Certo... – deixando meu instinto falar mais alto, eu arranquei as cortinas de lá e as entreguei a ela. – Odeio laranja...
– É... Eu tinha esquecido. – ela disse – Olha, fique a vontade. Eu tenho que me arrumar pra ir para o consultório.
– Tudo bem minha linda... – respondi sem me virar, jogando as roupas da minha mochila no armário. – Perfeito. – murmurei para mim mesmo, despindo-me, pouco antes de me jogar sobre a cama e adormecer.


***


Meu sono sempre foi conturbado, mas dessa vez foi bem tranquilo. Acordei com o cheiro de pizza e os ruídos de pessoas andando pela casa. Levantei-me de um salto e apanhei a primeira coisa que minha mão fora capaz de alcançar em meio à escuridão do quarto. Meu violão.
Aos tropeços saí para a sala e encontrei o lugar vazio.
– Alguém aí? – perguntei para o escuro.
– Não! Pode ir dormir outra vez. – uma voz vinda da direção do sofá respondeu.
– Ah, tudo bem então. – disse, baixando o violão – Só não mexam muito no sofá, eu estava brincando de atrair ratos... Para ver se assustava a Duda. – completei pouco antes de um grito ensurdecedor me fazer virar de súbito, erguendo outra vez o violão. – Eu sabia! Saiam daí, sabem que não gosto de surpresas!
– Desculpe Luigi, mas ela insistiu. – ouvi a voz de Matt atrás das horríveis cortinas.
– Que história é essa de ratos?! – ouvi a Duda gritar – E por que você está seminu no meio da sala?
– Não gosto de dormir com roupas. É estranho – respondi – E relaxe, eu parei quando lembrei que ratos não gostam de queijo... Eles preferem amendoim, tem bom gosto sabe.

Eu teria permanecido de cueca o restante da reunião com o pessoal, mas me obrigaram a vestir uma calça. Frescos.
O pessoal todo estava lá. Matt, Vitor, Jenny, Richard e mais a pancada de amigos que tínhamos na faculdade. Galera divertida. Não sei se foi para me verem ou para comer pizza de graça... Aposto que a segunda opção, eu faria isso.
– Como foi à viagem cara? – Vitor me perguntou em algum momento entre a pizza e a vodca.
– A melhor parte foi ter acabado. – respondi, com a boca cheia de queijo da pizza. – Tinha uma velha que não calava a boca do meu lado... Se eu ouvir falar de alguma coisa que aconteceu antes da década de 50 outra vez, eu juro que mato alguém!
– E... Como você não foi expulso do ônibus? – Matt perguntou
– Quem disse que não fui? Isso foi no primeiro ônibus. – respondi, com um sorriso psicopata no rosto – Fui expulso por agressão verbal a velha e ao motorista que tentou apartar meu pequeno acesso. O segundo ônibus foi mais calmo, mas não tinha luz para que eu pudesse ler coisa alguma.
– Bem a sua cara mesmo. – riu Duda
– É como eu dizia no passado: “Antes um bom café na mão do que um saco de balas na cara”.
– O que tem haver com o assunto? – ela perguntou. Fraca.
– Quem disse que eu diria algo que teria haver? Parece até que não me conhece...

É bom estar de volta. Só preciso me lembrar de quais ônibus tenho que pegar e que tenho que estar cedo no escritório da revista. Cedo é lido aqui como “após o meio-dia”. E também tenho que lembrar que as cortinas não devem ser incineradas... Vai ser difícil.

As cortinas... Breve, em chamas.

Gravações do Lunewalker – Apenas mais um dia agitado.

Hey! Essa é a primeira postagem não-teste das Gravações do Lunewalker. E o dia de hoje foi bem agitado e cheio de insanidades; insanidades que consegui capturar em minha câmera.