É, estou atrasado com meu próprio
prazo para a escrita. Bem, eu tenho explicações... Eu precisei resolver tantas
coisas nos últimos cinco dias e não tive sequer tempo para pensar direito. Estava
me sentindo tão para baixo e tão derrotado, não tinha como escrever a minha
história enquanto não melhorasse. Eu precisei de um tempo comigo mesmo,
precisei resolver algumas coisas.
Meu trabalho? Fui despedido.
Meu relacionamento? Que
relacionamento?
A faculdade? Estou desfocado...
Não sei mais o que irei fazer, meus planos foram pelo ralo.
É, eu me perdi completamente.
Perdi tudo.
Mas depois de falar com minha
Primeira Imediata e rever o meu filme favorito, eu percebi uma coisa. Percebi
que estava livre.
“Só depois de perder tudo que
você está livre para fazer qualquer coisa”. Tyler Durden.
Bem, eu agora não tenho plano,
mas estou me sentindo melhor. A liberdade nos faz isso. Liberdade nada mais é
do que uma jaula maior, mas quem define o que são grades? No meu caso, eu
defino. As minhas grades estão distantes, muito distantes. Agora o que eu quero
mesmo é continuar essa história e montar um grupo de RPG. Jogar uma aventura em
Arton, com pessoas que saibam rir e fazer rir. Vai ser divertido.
Minha cota de palavras para hoje?
Não atingi. Mas escrevi o prólogo. 888 palavras. Um número interessante, não
acham? Eu acho.
Acho que vou ir a um show à
noite, quando voltar escreverei mais e mais. Meu desafio ainda está de pé.
Quero terminar antes. Quero ver se consigo! Vamos, Jack!
Um pequeno trecho do que foi
escrito:
“Vinte e dois anos atrás.
Meu nome é John
Hengerman e este é um relato que não deveria ser lido.
Se ainda está
aqui, está interessado em minhas memórias... Ou em saber o que me levou a fazer
o que faço, ser quem eu sou. A história começa pelo final, nesse caso. O final
de uma e o começo de outra.
O mundo não é tão
seguro quanto fazem pensar, monstros existem. Mas só enquanto houverem pessoas
que acreditam neles, embora alguns casos raros... Bem, você vai entender com o
tempo. O que precisa saber agora é que tudo pode existir. Pode existir se
puderem acreditar de verdade nessa alguma coisa.”
P.S.: Eu passei a detestar aves.
Não fazem ideia do quanto...