30 de maio de 2012

Garbage Dogs – O grunge feito por sobreviventes do grunge.



             Existem ainda pessoas undergrounds o suficiente para ouvirem uma banda tão underground quanto o movimento que a inspirou um dia já foi? Eu espero que sim, por que hoje estou aqui para falar para vocês sobre a banda Garbage Dogs!

            A banda foi criada por Boddah Blacksheep que veio a recrutar seu ex-companheiro de banda Rafael Todd e o Ex-Everglade, Diego Bizzarro, no início de 2011. Com Boddah e Rafael na guitarra e vocal e Bizzarro na bateria. A banda, até então sem nome, ensaiou duas vezes, onde foram ensaiadas apenas duas composições próprias de Boddah e alguns covers.
              Então Rafael recruta para a banda o também Ex-Everglade Gabriel Heidrich como, e com essa formação a banda se segurou por mais algum tempo modelando o que viria ser a primeira formação sólida da Garbage Dogs.
              Por motivos de falta de tempo, Rafael deixa a banda e Garbage Dogs vira um Power trio em meados de março.
             A banda seguiu nessa formação durante seus dois shows em julho e outubro até o início de novembro quando o baterista Bizzarro sai da banda dando lugar a um novo baterista, Cláudio antigo guitarrista da New Line.
            Após algum tempo foi à vez do guitarrista Ian Mello e o baixista Tyrulin Santo ingressarem no que ainda é a atual formação da banda.
            Em julho a banda fez seu primeiro show no ‘Subterrâneo's Rock’ juntamente com outras três bandas de grunge. E seu segundo show em outubro juntamente com a banda de new metal New Line.


                Tudo muito legal, tudo muito interessante e tudo mais... Mas o mais legal vem agora. Tive a oportunidade de entrevistar o guitarrista e vocalista da banda, Boddah Blacksheep!

            Lunewalker pergunta:
– Agradeço primeiramente por me conceder a entrevista e é um prazer ter você aqui comigo nesse momento em que seria melhor que estivesse ensaiando e eu escrevendo, mas comecemos. Quais suas principais influências para a musica?

            Boddah responde:
– Eu me espelho muito nos músicos que admiro, assim como qualquer um, mas acima de tudo eu sempre tive a impressão de que poderia contribuir de alguma forma legal para a música. Eu sempre achei que poderia escrever musicas legais


            Lunewalker diz:
– Isso é algo interessante de se mencionar, a vontade é aquilo que mantem as pessoas firmes em seus sonhos, concorda?

            Boddah responde:
– Exatamente. Quando se quer algo se deve correr atrás de todas as formas possíveis, mesmo quando todos dizem que vai dar errado é melhor ter tentado e falhado do que nunca ter nem ao menos levantado um dedo.

            Lunewalker pergunta:
Qual é a sensação que você tem ao subir no palco? Conte-nos mais sobre a vontade de dominar o mundo.

            Boddah responde:
– É algo muito estranho, saber que tu esta ali e eles estão esperando que você toque algo, diga algo, um oi que seja. Tu tens todo mundo na tua mão, é algo muito incrível sabe que todos estão ali esperando por ti para ti verem tocar. Saber que estão todos olhando pra ti esperando para ouvir ou ver o trabalho que tu fez e que é a tua historia que eles conhecem e tu não é só mais um.

            Lunewalker diz
– Então, no palco você se sente alguém importante. E não um numero. Isso é algo, indescritível.
Sobre a banda, a Garbage Dogs, como é a relação de vocês? Como se conheceram?

            Boddah responde:
– Aconteceu de forma muito engraçada, no inicio eu ia ser apenas um guitarrista base da banda de um velho amigo meu Rafael Todd, e acabou que ele mudou de ideia e me colocou a frente com minhas musicas, então éramos eu e ele com minhas musicas e todo o trabalho na minha mão, até que chamei um baterista de uma banda grunge de amigos meus que havia terminado. Mas ainda precisávamos de um baixista, e o baixista da mesma banda, Everglade, acabou vindo conosco. E sempre foi assim, sempre entre amigos até que aos poucos íamos recrutando e reformulando conforme o necessário.
E a relação é muito boa, somos muito bem sintonizados, pensamos de forma muito parecida. A banda inteira mudou, eu fui o único integrante da formação original que ficou, e com essa formação estamos muito bem, nos entendemos brincamos, pensamos no daqui pra frente, é algo que jamais vai cansar, eu acho. Cada ensaio é uma novidade.

            Lunewalker diz
– Agora que mencionou, sobre novidades. Vocês gravaram um CD, como foi à caminhada para tal feito?

            Boddah responde
– É, esse nosso CD demo foi um processo muito legal, eu lembro que a principio íamos somente gravar uma demo e espalhar por aí, rádios, internet, etc. Mas gostamos tanto do resultado que resolvemos criar uma capa, fazer uma pequena tiragem de cópias e tentar vender por aí. O processo inteiro foi uma correria, com impressões pra cá, mixagem pra lá e cópias pra cá, mas no final saiu algo de que gostamos e que os outros gostaram também, e isso foi o melhor.

            Lunewalker pergunta
– E o que esperam para o futuro da banda? Acha que irão conseguir se firmar em um mundo onde o grunge não é mais como um dia já foi?

            Boddah responde
– Acredito que sim, nosso som é um tanto inovador em algumas partes, às vezes costumamos brincar que não somos grunges, que estamos criando algo novo, uma vez que até algumas pessoas que não gostam de grunge começaram a ouvir nossa banda, e aos poucos já estamos nos firmando por aí, estamos conseguindo um espaço em um ano de banda que bandas locais daqui não conseguem em cinco anos. 
Cada integrante tem sua influencia mais forte o que torna nossas musicas um grunge diferente, que agrada a vários e não só a um publico o que acaba sendo um ponto positivo pra nós.

            Lunewalker pergunta
– E sobre turnês, acham que falta muito ou pouco para começarem a “rodar” o país de van para tocar em outros estados?

            Boddah responde
– Acho que isso ainda esta por vir, não somos muito chamados para shows ainda, mas estamos sempre tentando nos enfiar aqui ou ali, sempre criando novos contatos, mas ainda somos muito novos e ainda temos que aparecer mais para que isso aconteça, mas não vejo a hora.

            Lunewalker diz
– Quando puderem aparecer aqui pelas minhas terras, terão um parceiro de bebida já. E, se depender de mim, alguns fãs a mais. Eu garanto.
Bem, Boddah, agradeço o seu tempo. Espero-te logo mais, no Recanto do Lunewalker.


Para contato, em Pelotas (Rio Grande do Sul), deixo com vocês o facebook do grupo.
Garbage Dogs – Grupo do facebook
E o contato via facebook do Boddah
Boddah Blacksheep


E obrigado pela entrevista Boddah, de verdade, sei que serão grandes em breve!

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